Vicente Melo
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Tranquilidade foi um sentimento que passou longe da seleção brasileira. Durante todo o ano, incertezas e especulações rondaram a Confederação Brasileira de Futebol (CBF). O que parecia certo, de repente tomou outro rumo. Quando parecia que a calma havia retornado, outra tempestade se agitava. Dos jogadores, passando pela comissão técnica e a cúpula da entidade. Nada, nem ninguém passou por 2012 ileso na amarelinha.
A primeira das grandes transformações foi a mais aguardada por mais de duas décadas. Pressionado após uma polêmica entrevista à revista Piauí, em junho de 2011, Ricardo Teixeira não suportou a carga e, em março, renunciou à presidência da CBF após 23 anos no poder. Entretanto, não saiu sem antes garantir a permanência de Andrés Sanchez como diretor de seleções e do técnico Mano Menezes em seus cargos. Barganhou tudo com José Maria Marin, novo mandatário.
O acordo previa que a dupla de confiança do ex-presidente se mantivesse em suas pos ições até a Copa do Mundo de 2014, independentemente de resultados adversos. Marin só os garantiu até a Copa das Confederações do ano que vem – mesmo com a medalha de prata na Olimpíada de Londres, prioridade do ex-governador biônico de São Paulo.
Na última semana de novembro, Mano Menezes conquistou o bicampeonato do Superclássico das Américas sobre a Argentina, em plena Bombonera. Nem assim se manteve como técnico da seleção. Desentendimentos com José Maria Marin minaram seu trabalho – que vinha em ascensão no segundo semestre. O escolhido, então, foi Luiz Felipe Scolari, o comandante do pentacampeonato na Coreia do Sul e no Japão, em 2002.
Em 2013, ainda não se sabe o que acontecerá, mas espera-se que seja menos turbulento que este ano.