A Fórmula 1 amanheceu de luto neste sábado. Na noite anterior, o francês Jules Bianchi morreu após nove meses de coma decorrente de um forte acidente sofrido no Grande Prêmio do Japão da temporada passada. Pilotos, equipes e atletas de outras modalidades e o presidente da França, François Hollande, lamentaram o ocorrido e prestaram tributo ao competidor.
“Dia muito triste. Descanse em paz meu irmão JulesBianchi. Muita força e paz para toda a sua família do fundo do meu coração”, disse, por meio das redes sociais, o brasileiro Felipe Massa, que publicou uma foto ao lado do francês.
Por meio uma nota oficial, o presidente francês François Hollande também lamentou a morte do talentoso competidor da Marussia. “O esporte automobilístico francês perde com ele uma de suas maiores promessas. Após um terrível acidente e nove meses de uma luta impetuosa, morreu na noite passada aos 25 anos de idade”, diz o comunicado do político.
Diversos outros pilotos e ex-pilotos da Fórmula 1 fizeram o mesmo, entre eles Valtteri Bottas, o brasileiro Lucas di Grassi, o francês Romain Grosjean e o britânico Lewis Hamilton, campeão da temporada passada do Mundial. Equipes da categoria, como Lotus, Mercedes e Williams, também utilizaram suas contas nas redes sociais para prestar tributo ao talentoso francês.
“Palavras não podem descrever a enorme tristeza em nosso time esta manhã por termos perdido Jules. Ele deixou uma grande marca em nossas vidas e será para sempre parte do que alcançamos e tudo o que lutamos para avançar. Jules era um talento. Ele estava destinado a grandes coisas no nosso esporte, um sucesso que ele merecia muito. Também era um ser humano maravilhoso”, disse o chefe da Marussia, equipe que o francês defendia, John Booth.
Bianchi morreu na noite desta sexta-feira depois de ficar nove meses em coma desde que sofreu um acidente no Grande Prêmio do Japão de 2014, ao colidir com um guindaste. Foi a primeira morte de um corredor na Fórmula 1 desde Ayrton Senna, em 1994. Com 25 anos, sofria de um quadro de lesão axonal difusa. O acidente ocorreu quando o piloto bateu em um guindaste que havia entrado na pista para remover o carro do piloto Adrian Sutil, que escapara da pista de Suzuka pouco antes.
Após ser levado para o hospital e submetido a uma cirurgia de quatro horas de duração, ficou em coma no Japão durante dois meses, sendo transferido posteriormente para um hospital em Nice, na França. A notícia de sua morte foi divulgada pela família através das redes sociais.
A carreira de Bianchi na Fórmula 1 se iniciou em 2011, quando o corredor virou piloto de testes da Ferrari. Contratado pela Marussia em 2013, permaneceu na equipe até a ocasião de seu acidente, na última temporada. O nono lugar no Grande Prêmio de Mônaco de 2014 obtido pelo francês ainda é o melhor resultado da história da escuderia.
A morte de Bianchi também foi bastante lamentada por atletas de outras modalidades, como o ex-jogador de futebol David Beckham e o piloto da MotoGP Marc Márquez.