Não é de hoje que o britânico Lewis Hamilton vem alertando sobre as “largadas imprevisíveis” no Mundial de Fórmula 1 a partir do GP da Bélgica, onde a nova regra de proibição de ajuda externa passará a valer para pilotos e equipes. A atenção deverá ser redobrada na Mercedes, já que a dupla do time alemão largou mal nas recentes corridas da Inglaterra e da Hungria.
Em Silverstone, Hamilton e Nico Rosberg conseguiram se recuperar e fizeram a dobradinha da Mercedes. Já em Hungaroring, os dois pilotos sequer alcançaram o pódio, dominado por Sebastian Vettel, da Ferrari, Daniil Kvyat e Daniel Ricciardo, ambos da Red Bull.
Após a desastrosa corrida em Budapeste, em que Hamilton terminou em sexto e Rosberg oitavo, o chefe da Mercedes, Toto Wolff, chegou a dizer que a largada de seus pilotos foi algo “inaceitável”. A partir da corrida da Bélgica, que acontecerá no dia 23 de agosto, a comunicação via rádio entre pilotos e equipes será proibida. A medida foi resultado de pedidos do Grupo de Estratégia à Federação Internacional de Automobilismo (FIA).
“O que vai acontecer depois desta corrida (Hungria) é algo muito interessante”, ironizou Hamilton em entrevista à imprensa britânica após a prova em Budapeste, no último domingo. “Eu espero por mais largadas imprevisíveis. Imagino que isso possa piorar, mas isso é corrida”, acrescentou.
Bicampeão mundial, Hamilton ainda sugeriu que a FIA ajuste a nova regra: “Acho que eles subestimam o quanto podem influenciar as corridas. As largadas podem não mudar ou pode ser desastrosas. Meu palpite é que isso não foi a coisa certo a fazer e que isso deve ser ajustado”, opinou o líder do campeonato.
Companheiro na Mercedes e maior rival de Hamilton na briga pelo título, Rosberg manteve sua opinião a respeito do assunto ao ser favorável à proibição de ajuda externa: “Isso é bom, porque coloca a largada totalmente em nossas mãos, 100% nas mãos dos pilotos. Não tem engenheiro ou outra pessoa envolvida. Se for uma boa largadas, é por causa do piloto. Se for uma largada ruim, é pelo piloto, o que é bom, porque insere mais uma variável”.
“A largada é uma fase importante. Como nós vimos recentemente, isso pode misturar um pouco as coisas”, encerrou o vice-líder da competição.