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Grael e Ferreira terão que decidir entre volta ao mundo e Pequim-2008

Arquivo Geral

08/08/2006 0h00

Após a terceira colocação do Brasil 1 na Volvo Ocean Race, o comandante Torben Grael e o regulador de velas Marcelo Ferreira terão que tomar uma decisão bastante complicada: disputar a próxima regata volta ao mundo, com início previsto para o final de 2008 ou se dedicar na busca por mais um ouro, nos Jogos de Pequim.

Maior medalhista olímpico do Brasil, Grael admite que dificilmente se dedicará aos dois empreendimentos ao mesmo tempo. “Acredito que seria difícil fazer as duas coisas bem feitas. A principio, se a gente for participar da próxima Volvo, será complicado fazer uma boa participação nas Olimpíadas”, reconhece o atleta.

Como exemplo, ele prevê uma queda de rendimento no Mundial da classe Star, programado para setembro, nos Estados Unidos. “Eu e o Marcelo estamos há praticamente um ano e meio sem treinar de Star. O máximo que conseguiremos de treinamento será uma competição em Brasília em agosto e uma semana antes da competição”, explica.

Uma coisa, porém, Torben já decidiu: só participa da próxima volta ao mundo caso o novo barco seja mais forte que o primeiro Brasil 1. “A gente teve uma participação pioneira, um resultado excepcional. Fazer outra participação nos mesmos moldes seria um risco muito grande”, analisa. “Não é que esta embarcação não fosse competitiva, mas a gente tem que começar com a mesma antecedência e ter a mesma estrutura das equipes de ponta. Isso não significa que vai ser melhor, mas partiremos de uma premissa de igualdade com as outras equipes”, emendou.

Questionado sobre um prazo para a tomada de decisão, o velejador preferiu se esquivar. “Não há um prazo fixo, mas sim o que a gente julga ter condições de lançar o projeto de volta ao mundo. Se o tempo estiver passando, vamos ter que tomar uma decisão. Como acabei de chegar, preciso conversar com pessoal e ver como estão as coisas”, justificou.

Mais tarde, porém, ele deu uma dica. “Para a gente participar da próxima Volvo teremos que começar tudo com bastante antecedência. Então as coisas têm que acontecer em um tempo relativamente curto”, afirmou. A antecipação em um ano da próxima disputa também deve ter uma forte influência. “Isso coloca as coisas em um momento meio complicado. Precisamos conversar”, completou.

Companheiro ta de Torben há cerca de 15 anos, Ferreira, que também é dono de três medalhas olímpicas, é mais direto. “Primeiro, a gente tem que se classificar para Pequim. Depois, se tiver que optar, eu vou preferir as Olimpíadas, pois é o tipo de regata que eu gosto mais”, revela.

Eles, entretanto, garantem que a entrada definitiva de Robert Scheidt na classe Star, concorrente direto na briga pela única vaga brasileira em Pequim, não vai afetar a decisão dos dois. “A concorrência do Robert vai ser ótima. Como a disputa dará muita mídia, vai acabar sendo um excelente momento para a vela”, encerra Ferreira.

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