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Governo duplica o valor da Bolsa-atleta

Arquivo Geral

12/09/2007 0h00

O Ministério do Esporte pretende duplicar o valor dos recursos destinados ao programa Bolsa-Atleta no próximo ano. O orçamento do órgão enviado ao Congresso Nacional eleva os R$ 13,2 milhões investidos em 2007 para R$ 26,4 milhões. Com mais dinheiro, a Secretaria de Alto Rendimento do ministério pretende aumentar o número de atletas beneficiados pelo programa.


 


No ano passado, dos 2.856 atletas que atenderam às exigências de classificação, 800 receberam o incentivo. O secretário Nacional de Alto Rendimento do Ministério do Esporte, Djan Madruga, prevê que esse número será consideravelmente ampliado na seleção de 2008. Podem se inscrever atletas que tiveram vitórias em campeonatos no ano anterior nas categorias de classificação.


 


Segundo Madruga, através do programa os atletas passam a ter condições de treinar com regularidade e de custear a participação em competições. Além disso, permite mudar as perspectivas com relação ao esporte como profissão. “Alguns atletas paravam de treinar por não visualizar o esporte como forma de se sustentar. Chegava ma hora que precisavam trabalhar. Com o Bolsa-Atleta, eles recebem um recurso mensal que, muitas vezes, sustenta a família toda”, explica.


 


O programa Bolsa-Atleta paga um valor mensal aos atletas de alto rendimento que não possuem patrocínio. A proposta é dar a eles condições para que se dediquem ao treinamento esportivo e à participação em competições. O incentivo é classificado em quatro categorias: Olímpica e Paraolímpica (R$ 2.500,00), Internacional (R$ 1.500,00), Nacional (R$ 750,00) e Estudantil (R$ 300,00).


 


Resultados – Destaque nos resultados dos Jogos Pan e Parapan-americanos Rio 2007, o programa é apontado como responsável por colocar 104 atletas no pódio. No Pan, foram 19 e no Parapan, 85 atletas medalhistas. Entre os destaques, está a primeira medalha brasileira no badminton.


 


Para o mineiro Fabrício Mafra, o Brasil melhorou bastante com o Bolsa-Atleta. “Esse incentivo foi fundamental para chegar ao pódio. Com os resultados deste ano, pretendo renovar a bolsa e estar novamente em um Pan e numa olimpíada, que é o meu grande sonho”, revela.


 


O apoio ao programa também vai para o futebol feminino. Medalha de ouro no Pan do Rio no futebol, a goleira Andréia Santos acredita que, devido à dificuldade para conseguir patrocínios, o programa é essencial para a modalidade. “O programa foi o melhor incentivo, até hoje, para o futebol feminino. Sem o benefício não sei se disputaria uma final de pan-americano”, conta. Na seleção do Pan, além de Andréia, mais duas jogadoras contaram com o apoio: Andréia Suntaque e Tânia Ribeiro. O trio disputa este mês o Mundial da categoria, na China.


 


Segundo o coordenador do programa no Ministério, Ricardo Avellar, pelo menos 25% das bolsas pertencem hoje a atletas paraolímpicos. “Atendemos aos atletas segundo algumas prioridades. A primeira é renovação. Na seqüência, vêm as categorias olímpica/paraolímpica, estudantil, internacional e nacional. Como o maior número de competições para atletas com deficiência é realizado em nível paraolímpico, os atletas saem na frente na distribuição das bolsas”.


 


O Ministério do Esporte também desenvolve ações e eventos que incentivam o ingresso de estudantes no programa. As Olimpíadas Escolares buscam cumprir esta função. Outro evento que atinge o mesmo objetivo é o Campeonato Paraolímpico Escolar. Ação do projeto Paraolímpicos do Futuro, o campeonato ampliou, na edição deste ano, o número de modalidades de duas para seis. Na categoria estudantil, os atletas recebem o valor de R$ 300,00 mensais.

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