Um dos maiores nomes do vôlei brasileiro, Giba lançará uma biografia em outubro contando sua trajetória no esporte, mas também abordará alguns assuntos polêmicos dos bastidores da Seleção Brasileira. O principal é a disputa do Mundial de 2010, em que os comandados de Bernardinho foram acusados de entregar o último jogo da fase de grupos para enfrentar um adversário mais “fácil” na fase seguinte.
Em entrevista à Folha de S.Paulo, o campeão olímpico em Atenas 2004 confirmou a “marmelada” na Itália e revelou ter se chateado com o treinador, que evitou o contato com a imprensa no auge das críticas.
“Vamos parar de demagogia se entregou ou não. Todo mundo viu. Mas briguem com o regulamento, não briguem com a gente”, disse o ex-jogador, se referindo às regras que não colocavam os primeiros classificados contra os adversários mais fracos.
Já garantindo na fase seguinte, o Brasil encarou a Bulgária na última rodada. A equipe verde-amarela não mostrou o vôlei habitual, foi apática e perdeu de 3 sets a 0, sob as vaias da torcida e acusações de ter perdido de propósito para se beneficiar na fase seguinte. O resultado deixou o País em segundo na chave, e os duelos seguintes foram contra República Tcheca e Alemanha, ao invés dos fortes Cuba e Espanha. O Brasil passou pelos dois, despachou a Itália e superou Cuba na decisão, conquistando o tricampeonato mundial.
Após a controversa derrota para os búlgaros, o líbero Mário Júnior confirmou que a formação realmente havia entregado o jogo para escapar dos cubanos e espanhóis, causando ainda mais polêmica.
“Tive que desmentir tudo. E não achei legal da parte do Bernardo. Como ele não vai à coletiva no meio do furacão? Falei isso para ele. E ele ficou incomodado”, completou Giba.