Quatorze anos de destaque foram suficientes para colocar Brasília ao ápice na esgrima nacional. Porém, depois de 2010, com a falta de apoio, todo o glamour veio por água abaixo e, com o passar dos anos, o DF foi do céu ao inferno saindo do posto de referência esporte no país.
No “ventre” da cidade surgiram nomes como o da campeã Cleia Guilhon – medalhista de ouro nos Jogos Sul-Americanos de 2014, no Chile e forte nome a representar o País nas Olimpíadas de 2016. Hoje, morando nos Estados Unidos, a atleta teve de deixar a cidade, em 2011, em busca de estruturas melhores.
O técnico Evandro Duarte e atual comandante da seleção olímpica da esgrima foi o grande responsável por alavancar o esporte na capital. Hoje, a única sala voltada para a modalidade fica no Colégio Militar, mas não por muito tempo.
“A sala é recreativa aos atletas e não atletas. Mantida aqui somente porque o presidente da Confederação não quis deixar o esporte morrer por completo depois da história do DF. Provavelmente eles sairão de lá para uma sala no Templo Budista”, diz Evandro.
De malas prontas para viajar ao Rio de Janeiro, no Brasileiro de Esgrima, ele lamenta a atual situação a que o esporte chegou no DF. E relembra como tudo começou, em 1996: dando aula no refeitório do Colégio Militar, no meio dos praticantes da capoeira e street dance.
“Treinei mais de 500 atletas nesse tempo e éramos reconhecidos no meio da rua”, relembra o mestre.
Na atualidade, o melhor clube do Brasil na especialização da esgrima é o Pinheiros (SP). Na capital mineira, Belo Horizonte, estão as melhores salas do país para se praticar todas as categorias de esgrima: espada, florete e sabre.