A Interpol, em trabalho conjunto com a polícia francesa, emitiu um mandado de prisão contra Papa Massata Diack, filho do ex-presidente da Federação Internacional de Atletismo, Lamine Diack, nesta quinta-feira. Com isso, o ex-consultor de marketing da Iaaf poderá ser preso caso deixe o Senegal, seu país de origem, especialmente se for para a Europa, onde a União Europeia pode poderá contribuir com as autoridades francesas.
A França comunicou à Interpol que Papa Massata Diack estava nas miras das autoridades do país por corrupção e lavagem de dinheiro. A requisição foi realizada no mês passado e a divulgação de que o senegalês poderá ser preso aconteceu nesta quinta-feira no próprio site da Interpol.
Em entrevista à Associated Press, um dos procuradores revelou que Papa Massata Diack também é suspeito de estar envolvido ativamente em esquemas de chantagem e suborno, juntamente com seu pai Lamine Diack, que presidiu a Federação Internacional de Atletismo e foi substituído por Sebastian Coe. O ex-diretor antidoping da Iaaf, Gabriel Dollé, e um dos braços direitos de Lamine Diack, Habib Cisse, também estão sob investigação.
Nesta quinta-feira a Agência Mundial Antidoping (Wada) irá revelar o segundo relatório sobre os escândalos de dopagem que aconteceram na entidade. Graças ao primeiro registro os russos Alexei Melnikov, ex-presidente da Federação Russa de Atletismo, o ex-tesoureiro da Iaaf, Valentin Balakhnichev, além de Papa Massata Diack foram suspensos para o resto da vida de qualquer atividade relacionada ao esporte pelo Comitê de Ética da entidade que regula o atletismo mundial.
