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Filha de pais que vivem do surfe, Nalu caiu no Lago Paranoá no Dia das Crianças

Arquivo Geral

13/10/2014 8h22

Aos sete anos, a pequena Isabelle Nalu aproveitava o dia das crianças da melhor maneira possível: no Lago Paranoá. Nascida no Havaí e filha de pais que vivem do surfe, wakesurfe, wakebord e esportes radicais aquáticos, o futuro da pequena não poderia ser outro a não ser viver como peixe.

A razão de gostar tanto da água tem explicação: “Não me machuco. Posso cair que não vai sair sangue”, explica a garotinha.

Atualmente, ela e a família moram em Florianópolis e vieram ao DF prestigiar a 11ª edição do Brasileiro de wakesurfe. Embora já pratique o surfe praticamente dito no mar, ela diz que o lago consegue ser ainda melhor.

“Eu gosto dessa ideia de brincar de ser puxada por um barco. A onda é menor que no mar, mas é mais legal”, diz. 

O esporte consiste no atleta ficar de pé numa prancha puxada por um barco. A onda formada pela embarcação é o que proporciona as acrobacias. O competidor ainda utiliza um remo que auxilia na criação de manobras.

Futuro promissor

A mãe de Nalu, Fabiana Nigol, é cinegrafista e viaja o mundo acompanhando o marido nos torneios. O fato de ter tido a filha em solo estrangeiro serviu como um incentivo futuro para a criança. “Eu nem queria, mas pensei na cidadania americana que ela teria. Já que vivemos nesse mundo e ela gosta demais disso, o Havaí é o lugar ideal para praticar o surfe”, explica.

Capital com gostinho do Rio

Na orla do Lago Paranoá o que mais se via, ontem, eram pranchas, barcos, e atletas. Um deles, Donni Rodrigues, carregava um sotaque bem pesado do Rio de Janeiro. Ex-morador de Brasília, é nas praias cariocas que o jovem se diverte. 

Mesmo com a “Cidade Maravilhosa” à disposição, ele retorna à capital do país sempre que pode para competir no Brasileiro de wakesurfe. O mais curioso é que, para ele, vir para cá o faz relembrar o clima de casa. “Pode parecer surreal, mas esse Lago e as pessoas me remetem muito a Búzios. Hoje (ontem), o dia está bem quente, mas isso logo passa quando vemos essa paisagem toda”, afirma o atleta de 30 anos. 

Outro atrativo apontado por ele é que, diferentemente do mar, onde o surfista fica numa mesma onda por cinco ou dez segundos, no máximo, no wakesurfe, Donni chegou a ficar por cinco minutos. Isto só é possível, caso o atleta tenha fôlego e força nas pernas.

 Ele e a colega Anne Prochaska, de 16 anos, aguardavam a vez de disputar as finais do campeonato geral incluindo os dois sexos. Ela, inclusive, foi a primeira colocada da categoria feminina e levantou o troféu de campeã pela terceira vez consecutiva. 

Recém chegada de Las Vegas, onde disputou o Mundial na categoria amadora, na semana passada, Anne garante: “Nenhuma brasileira conseguiu esse feito.”

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