Além de passar de fase, uma vitória contra Gilles Simon, pela 3ª rodada do Aberto da Austrália, pode somar mais um feito histórico à carreira de David Ferrer. Caso ganhe do francês, o espanhol ultrapassará duas lendas do tênis, o sueco Bjorn Borg e o russo Yevgeny Kafelnikov, no número de vitórias em partidas nível ATP. Os ex-atletas se aposentaram com 609 triunfos cada, mesma marca que o atual 10º do ranking mundial possui até o momento.
Chegar ao posto de 19º maior vencedor de confrontos oficiais da história, no entanto, não será tão fácil. Apesar de as estatísticas serem favoráveis a Ferrer (cinco vitórias a duas em sete duelos), Simon venceu a última partida entre os dois por 3 sets a 1, em condições semelhantes: era um Grand Slam (Aberto dos Estados Unidos de 2014) e a temperatura estava alta, assim como tem acontecido no Aberto da Austrália.
“Vai ser uma guerra. No Aberto dos Estados Unidos, David teve um mau dia e não estava muito bem fisicamente. Mas isso também não significa que, se estivesse bem, não poderia ter perdido da mesma forma”, avalia o treinador do espanhol, Francisco Fogués, em entrevista à página oficial da ATP World Tour.
Ferrer faz coro com seu técnico e acredita que o jogo deve ser muito disputado. “Será uma partida muito dura fisicamente. Na última vez ele me venceu em condições também de muito calor, então terei de jogar de forma sólida. Haverá muitos rallies e dependerá de quem morre antes fisicamente”, projeta o tenista.
Além da questão física, Gilles Simon, atual 20º no ranking da ATP, também será desafiador tecnicamente. Com um jogo sólido, o francês já passou pelo holandês Robin Haase e pelo também espanhol Marcel Granollers sem perder um set sequer no Aberto da Austrália. Apesar disso, o treinador de Ferrer acredita que suas características podem levá-lo à vitória.
“Simon está muito confortável jogando no contra-ataque, ainda assim acredito que se pode infringir dano a ele, ainda mais neste tipo de piso. Devido à velocidade da quadra, o saque também será chave. Para o bem ou para o mal”, projeta Fogués.
