Quem foi ao Ginásio Nilson Nelson para acompanhar a partida entre UniCeub/Brasília e Flamengo no último sábado, certamente notou que o público era bem diminuto em relação a outros duelos. De acordo com a assessoria de imprensa do time candango, 5.128 pessoas prestigiaram o embate.
O número chama a atenção negativamente: o total de pessoas no ginásio é 35,24% menor do que o recorde do local, em 24 de março de 2012, quando 14.550 pessoas assitiram à vitória do UniCeub/Brasília sobre o Flamengo.
Embora imponente, o público é pequeno se for levado em conta os 24.286 que foram assistir o então Universo/Brasília e o Flamengo, pelo Nacional de Basquete, no maior público da história da modalidade no País.
A partida do último sábado não é uma exceção. Os números no maior ginásio da capital federal em jogos de basquete não empolgam há tempos. O espaço chegou a receber inacreditáveis 2.039 pagantes, na derrota para o São José, nas quartas de final da temporada passada. Nem mesmo um jogo com entrada franca em 2013 foi capaz de incentivar o público a lotar o espaço: apenas 3.025 pessoas compareceram ao ginásio na vitória sobre o Tijuca Tênis Clube.
Talvez por isso, a torcida já esteja começando um movimento na internet para que as partidas dos playoffs, quando a equipe do Distrito Federal precisará passar pela fase de oitavas de final pela primeira vez na história, sejam disputadas no Ginásio da Asceb, algo que o técnico José Carlos Vidal concorda.
“Acho melhor jogar na Asceb. O Nilson Nelson, com pouca gente, não cria a menor situação de pressão para o adversário. Só vamos jogar os playoffs no Nilson Nelson se for uma ordem superior (da diretoria do clube)”, frisa o treinador, que admite a possibilidade também em caso de chegada às semifinais.
Mudanças táticas
Com a proximidade do mata-mata, Vidal também sabe que um ponto em especial será fundamental: a defesa.
“Temos que criar alternativas. Não podemos depender apenas da marcação individual. Se a gente conseguir encaixar uma defesa melhor, temos mais chances de ganhar os jogos”, sintetiza.
“Causos” do Nilson Nelson
1 Pancadaria: terminado o jogo 3 da série entre Universo/Brasília e Flamengo, pela final da terceira edição do Novo Basquete Brasil, uma confusão generalizada, envolvendo torcedores e jogadores, tomou conta do Nilson Nelson. A pancadaria foi tão grande que a polícia precisou intervir usando gás de pimenta. O pivô Wagner, à época atleta Rubro-Negro, saiu de quadra com um corte no supercilho, alegando ter sido agredido por um torcedor com uma lata.
2 Superlotação: até hoje, o UniCeub/Brasília conquistou um único troféu atuando no maior ginásio da cidade. Foi o título do NBB, em 2011, quando a equipe bateu Franca (SP), por 3 x 1 na série decisiva. No jogo 4 o número de torcedores para acompanhar a partida era tão grande que o anel superior do local ficou tomado por um mar de gente. Nem mesmo as escadas que dão acesso aos assentos escaparam de virar ponto para que mais torcedores se acomodassem.
3 Eliminação traumática: do outro lado da moeda, uma das derrotas mais dolorosas da história da agremiação. Com o melhor elenco do NBB, o UniCeub/Brasília era apontado como favorito a conquistar o quarto título seguido na competição. Só esqueceram de combinar com Andre Laws, do São José (SP), na quinta partida da série de quartas de final do NBB 5. Com uma atuação irretocável, o norte-americano anotou 29 pontos e comandou a vitória do time do Vale do Aço, que eliminou os brasilienses em casa.