Em março, Falcão anunciou que não atuaria mais pela Seleção Brasileira. Agora, em novembro, o melhor ala do planeta comemora o oitavo Grand Prix conquistado pelo Brasil no último domingo – com direito a golaço de craque. Segundo ele, a saída de alguns dirigentes e a chegada de outro técnico deu novos ares à equipe, que agora “tem um dia-a-dia alegre”. O camisa 12 garante que só irá se aposentar depois do Mundial de 2016.
“Hoje tudo está muito melhor. Principalmente no dia-a-dia. Quando anunciei minha saída, era porque o clima estava muito ruim. A relação com os dirigentes era muito distante. E, dentro de quadra, os jogadores precisavam de muito preparo emocional para jogar bem. Hoje tudo está muito legal”, disse Falcão ao Sportv.
Nesta quinta-feira, o ala brasileiro ainda fez questão de contar mais detalhes do que considerava uma “ditadura”.
“Agora tudo é conversado, desde a programação, incluindo tudo o que é importante para o grupo. Coisas simples que antes eram vetadas. Não podia entrar com fones de ouvido no ônibus, não podia falar alto. Óbvio que devemos seguir regras, mas tudo tem limites. Hoje você passa uma semana agradável com o restante do elenco. As coisas estão voltando ao seu lugar devido”, afirmou Falcão, que tinha como principal alvo de suas críticas o ex-diretor de seleções Edson Nogueira.
Consciente de sua importância para o Brasil dentro e fora de quadra, Falcão revelou que muitos patrocinadores se afastaram da equipe quando ele anunciou que pararia de representar o Brasil. Ele garante que o foco agora e reestabelecer os laços.
“Estamos buscando-os de volta. Fizemos um evento em Brasília para 57 mil pessoas, conquistamos o Grand Prix. Precisamos deles para que possamos ajudar a base e o futsal feminino. Espero que consigamos o melhor para o grupo. A modalidade merece mais um voto de confiança”, finalizou.
