Campeã mundial sênior e universitária da categoria até 72kg do taekwondo, a paranaense Natália Falavigna está preocupada com a possibilidade de a Confederação Brasileira da Modalidade não ter verbas para mandar representantes a competições internacionais na Europa e na Ásia em 2006.
“Não temos nada confirmado. Seria importantíssimo aproveitar este bom momento que o esporte está atravessando”, afirmou a lutadora, que acredita na evolução do taekwondo brasileiro. “Temos ótimos lutadores. Para muitos, só falta um pouco mais de consistência nos campeonatos e freqüentar os pódios com mais regularidade, não apenas esporadicamente”, avaliou.
De acordo com ela, é por isso que o programa de treinamentos e competições nos grandes centros precisa ser mantido e ampliado. “Para mim, seria importante fazer pelo menos 15 dias de treinos na Coréia do Sul e disputar a Copa do Mundo da Tailândia. Estamos numa época importante de preparação para os Jogos Pan-Americanos de 2007 e precisamos nos manter o máximo possível em atividade”, explica.
Estrela da delegação nacional no Mundial Universitário de taekwondo, a atleta fez questão de ressaltar a excelente campanha da equipe. “Foi o melhor resultado da história do nosso taekwondo em mundiais universitários. Além do meu ouro, trouxemos uma prata e três bronzes”, contabilizou.
Apesar da ausência de algumas européias de ponta, que preferiram participar de um campeonato na Alemanha, Falavigna acredita que o nível do torneio foi elevado. “Países de enorme tradição no taekwondo, como China e Coréia, enviaram times fortes. E enfrentá-los é sempre bom, porque que são adversárias leves e ágeis, como a chinesa de Taiwan que derrotei na decisão”, justificou.