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Ex-técnico de Wozniacki se compara a Guardiola e diz ter sido enganado

Arquivo Geral

02/02/2012 18h22

O técnico espanhol Ricardo Sánchez não poupou as críticas ao pai da dinamarquesa Caroline Wozniacki, Piotr Wozniacki, após ser demitido do cargo de treinador da tenista nesta semana. Comparando o estilo de trabalho dos dois ao de Pep Guardiola e José Mourinho, técnicos de Barcelona e Real Madrid respectivamente, ele diz ter se sentido enganado por não ter liberdade de trabalhar com a tenista.

Sánchez foi contratado por Wozniacki por uma temporada, para substituir seu pai, que a treinou durante maior parte da carreira. Após a eliminação nas quartas de final do Premier de Sydney e do Aberto da Austrália, o espanhol deixou o cargo e agora estuda novas propostas de trabalho.

“A pré-temporada foi genial, mas quando começaram os torneios e os resultados não vieram, eles ficaram nervosos. O pai dela impôs seu sistema de treinamento e eu fiquei em segundo plano”, disse Sánchez ao diário Marca. “Respeito seu modo de trabalho, mas não o compartilho. Somos como Pep Guardiola e José Mourinho, dois estilos diferentes”, explicou.

O espanhol também reclamou de ter recusado propostas de outros tenistas, como Fernando Verdasco, Jelena Jankovic, Daniela Hantuchova e Bojana Jovanovski para trabalhar com Wozniacki e não ter tido liberdade para estabelecer suas idéias.

“Tinha várias ofertas na mesa, mas já tinha me comprometido a treinar Carolina”, disse Sánchez, confundindo o nome da ex-número 1 do mundo. “Senti que fui enganado porque me venderam que poderia treiná-la com liberdade e só me deram espaço para trabalhar com ela. Em só cinco semanas, passei de treinador a um simples assistente”, explicou.

Segundo o treinador espanhol, as restrições a seu trabalho começaram a ser impostas pelo pai de Wozniacki após os resultados de início de ano. Então primeira colocada do ranking, ela foi eliminada nas quartas de final do Premier de Sydney e chegou pressionada ao Aberto da Austrália, em que acabou perdendo a liderança da lista da WTA.

Apesar da demissão, Sánchez destaca que sua relação com a tenista dinamarquesa é muito boa e acredita que ela possa enfim conquistar um título de Grand Slam e retornar à primeira posição do ranking. Atualmente, ela é a quarta, atrás de Victoria Azarenka, Petra Kvitova e Maria Sharapova.

“Ela tem muita qualidade e um futuro promissor, mas para precisa melhorar, ser mais agressiva e fazer frente a esse trio de jogadoras que estão melhor. Eu tentei, mas não me deixaram. Wozniacki tem que ser um cavalo de corrida, não de carga”.

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