Neste sábado, o ex-jogador de basquete Oscar Schmidt passou a figurar ao lado de ídolos do Corinthians como Basílio, Wladimir, Rivellino, Neto e Ronaldo, o goleiro. Jogador do clube entre 1995 e 1996, ele foi o primeiro atleta de outro esporte a ser homenageado pela Calçada da Fama e esbanjou simpatia no Parque São Jorge.
Marcado para às 11h30 (Brasília), o evento começou cerca de dez minutos atrasado. Oscar chegou com um sorriso no rosto e poucas vezes mudou de expressão. Imitando a entrada de um jogador em quadra, cumprimentou os jovens praticantes de basquete do Corinthians, de quase todas as categorias, antes de checar a sua camisa número 14, que vestia um busto sem rosto.
Torcedores e conselheiros, motivados pelo locutor, entoaram o hino do clube. Em seguida, Oscar iniciou seu discurso de uma forma peculiar. “Eu era santista, viúva de Pelé, mas o Santos fez muito pouco pelo basquete. Não tem coisa mais legal que ser homenageado por um grande clube”, declarou.
Foi o título do Campeonato Brasileiro de clubes de 1996 que transformou a sua paixão. Antes de colocar suas mãos na Calçada da Fama, assinar duas vezes, pois errou a primeira, e autografar também a parede, o autor de 49.703 pontos levantou, novamente, o troféu dessa conquista. Com 2,05m de altura, precisou se abaixar.
“Fiquem sabendo que aqui tem um corintiano resgatado. Vale muito mais do que quem torce para o time do pai. Eu escolhi torcer pelo Corinthians. Fui conquistado pela torcida. Eu assisto a todos os jogos e xingo sozinho. Quando perdemos para o Tolima, para mim a pior derrota da história, foi revoltante”, encerrou. No começo do ano, o Timão foi eliminado da Libertadores na fase preliminar pelo Deportes Tolima, da Colômbia.
Em sua calçada da fama pessoal, Oscar gostaria de imortalizar a mulher, os filhos, os pais e os grandes amigos, além de jogadores da seleção brasileira, do Corinthians, do Flamengo e do Palmeiras, outros clubes defendidos por ele. “O que o Corinthians está fazendo é mostrar aos seus seguidores as pessoas que fizeram alguma coisa por esse clube. Enche o ego da gente. Fui recebido no Corinthians como jogador de futebol, com sirene e fogos”, lembrou.