Aos 25 anos de idade, um dos maiores jogadores da atual geração do futebol americano foi condenado a passar o restante de sua vida na cadeia. Nesta quarta-feira, Aaron Hernandez – ex-tight end do New England Patriots, de Boston – foi a júri popular e acabou sendo considerado culpado pelo homicídio doloso do jogador amador Odin Lloyd, ainda em junho de 2013, pelo qual cumprirá prisão perpétua.
De acordo com o veredito, Hernandez teria alvejado o namorado de sua cunhada com seis tiros no peito, mas a arma do crime não foi localizada. Com expressão impassível, Hernandez recebeu a notícia de que não terá sequer direito a fiança. Trata-se de uma novidade na vida do polêmico ex-atleta, que já lucrou 40 milhões de dólares (cerca de R$ 120 milhões) na carreira esportiva. Além da acusação de assassinato, Aaron também teve a pena ampliada pela posse ilegal de arma de fogo, comprovada pelas imagens de algumas câmeras de vigilância posicionadas na cena do crime.
No julgamento, o advogado de defesa de Hernandez descreveu Lloyd como o antigo provedor de substâncias ilícitas para o jogador que, ainda segundo a defesa, o tratava como “futuro cunhado”. Por outro lado, os familiares da vítima a descreveram como “filho amável” e “irmão protetor”, destacando a afirmação de que Odin chegou a usar os mesmos chinelos por 12 anos.
“Odin era o meu único filho, era o homem da casa, o guardião das irmãs. Depois que a minha filha Olivia teve um bebê, ele se tornou protetor da criança também. Agradeço a Deus por cada segundo que vivi ao lado do meu filho. No dia em que enterrei o Odin para que ele pudesse descansar, acho que o meu coração parou por um momento. Eu quis entrar naquele buraco junto com ele”, emocionou-se a mãe de Lloyd, Ursula Ward, que perdoou Hernandez pelo crime.
“Eu perdoo as mãos das pessoas que tiveram influência na morte do meu filho, e eu rezo para que, um dia, o universo possa perdoá-los também”, concluiu Ursula. Sem Aaron Hernandez, um de seus atletas mais promissores dos últimos anos, o New England Patriots venceu o Super Bowl em 2014, graças a uma vitória sobre o Seattle Seahawks por 28 a 24.
