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Evento de lutas e clima de paz, UFC conquista famílias

Arquivo Geral

15/09/2014 8h30

As cenas de quebra-quebra e brigas generalizadas dos tempos de vale-tudo, que fizeram com que o esporte se tornasse de certa forma  marginalizado, já fazem parte do passado. 

No UFC Brasília, não foi difícil ver casais e até famílias, com crianças pequenas vidradas nas 11 lutas que compuseram o card. 

Árbitro brasileiro há mais tempo no UFC, Mario Yamasaki acredita que os torcedores de futebol têm muito a aprender com o público que frequenta  eventos de artes marciais mistas. 

Ele, que junto com o irmão, o também árbitro de MMA Fernando Yamasaki, foi um dos responsáveis por trazer o UFC ao Brasil em 1998, acredita que a evolução no esporte é enorme. Ele, inclusive, traça um paralelo com as constantes brigas dos estádios.

“Todo mundo tem amigo corintiano e  palmeirense. Quando estão lá (no estádio) vira guerra e isso é errado. Deveria cada um sentar no mesmo lugar, tudo misturado, para ser um evento de esporte, não o que fizeram do futebol aqui no Brasil”, critica.  

 

Família presente e unida

Terminada a luta entre os pesos-pesados Antônio “Pezão” Silva e Andrei Arlovski, que teve   vitória do bielorrusso,  muitos deixaram  o ginásio Nilson Nelson com o sentimento de tristeza pela derrota do lutador brasiliense. 

Houve quem comemorasse, porém,  o fato de  ir  ao evento e não passar  por  nenhum problema. Foi o caso da família de Flávio Marcelo. 

Praticante de jiu-jítsu, assim como toda a família, ele garantiu se sentir mais seguro levando o filho de 11 anos ao UFC do que a um jogo de futebol. 

“O pessoal que pratica as artes marciais sabe onde pode dar um soco e o que pode provocar. No futebol, o pessoal não tem noção de nada disso”, acredita.  

Flamenguista, o filho de Flávio, Cauê de Oliveira, de 11 anos, ainda se divide quando o assunto é preferência por ir ao estádio ou ao evento de MMA, mas não tem dúvidas de onde se sente mais seguro. 

“Com certeza é aqui no evento de MMA”, afirma. 

Para Suliane de Oliveira, a tranquilidade de ter o filho afastado dos estádios é grande. Na opinião dela, a organização dos eventos de MMA é um fator primordial para não ver problemas em deixar o filho frequentar locais de luta.

“A gente fica mais despreocupado aqui porque sabe que é um evento mais organizado que um jogo de futebol”, opina.

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