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Entrevista: ex-capitão do UniCeub/Brasília, Alex, fala com o JBr

Arquivo Geral

24/05/2014 10h52

O local que teve início esta entrevista era bastante conhecido pelo ala e ex-capitão do UniCeub/Brasília, Alex Garcia. Em uma churrascaria localizada às margens do Lago Paranoá, palco das comemorações dos títulos conquistados nos tempos em que defendeu o UniCeub/Brasília, o jogador, que fechou contrato com Bauru por quatro temporadas, conversou com a reportagem do Jornal de Brasília.

Ele falou sobre os anos na capital, além do futuro em sua nova equipe, e até mesmo a expectativa sobre o eventual reencontro com a torcida candanga, na próxima vez em que UniCeub/Brasília e Bauru se enfrentarem. Na reta final da entrevista, durante a pequena sessão de fotos na Praça dos Três Poderes, a prova de que Alex marcou época em Brasília: como de costume, o “Brabo”, foi parado por um fã, que lamentou a saída do jogador e pediu uma foto para ter de recordação.

Foram sete temporadas em Brasília, participando de todos os títulos da equipe. Que avaliação você pode fazer da sua passagem pela cidade?

Foi uma passagem vitoriosa. São sete anos e sete conquistas importantes para a cidade. Fico feliz por ter feito parte da história do basquete de Brasília e feliz por ter conquistado esses títulos e por ter feito muitos amigos, que é o que mais importa. No esporte, você pode estar em um time hoje, em outro amanhã, mas as amizades você mantém pelo resto da vida. 

De tudo o que você passou em Brasília, qual a sua melhor lembrança? 

Acho que todas. Títulos fazem você ter boas lembranças, assim como grandes jogos, que sempre tivemos. É a felicidade que você tem depois de uma temporada muito dura e no final você pode levantar o troféu de campeão sabendo que o que você fez na temporada foi bom e ter o reconhecimento do torcedor. O reconhecimento do torcedor e do pessoal da equipe é o que mais me marcou e o que eu mais vou levar como lembrança, além dos títulos.

Se você pudesse escolher um título para dizer “esse foi o que eu mais gostei de conquistar”, seria possível escolher?

Todos os títulos foram importantes. Pela rivalidade que se criou durante muito tempo, o título do NBB 2 foi muito importante por toda a circunstância. E também a Liga Sul-Americana 2010, que ganhamos dentro da casa do Flamengo. Esses dois vão ser muito especiais. 

E qual a lembrança mais triste desses sete anos? 

Pior momento foi justamente as últimas duas temporadas. Na temporada passada, fomos eliminados em casa no quinto jogo e era algo que a gente nunca esperava, mas aconteceu. Pior que aquela situação foi a desse ano, ainda mais como foi, tomando 3 x 0, perdendo dois jogos em casa, coisa que não acontecia há muito tempo em playoffs. Para mim, a última temporada foi a pior. 

Como vai ser sua relação com o elenco do UniCeub/Brasília de agora para frente? Dentro de quadra vocês serão rivais…

A relação vai ser boa. São amigos de muito tempo, mas isso é fora da quadra. Dentro de quadra eu vou querer ganhar, assim como eles. É sempre uma disputa sadia, cada um defendendo o seu. Mas quando acabar o jogo, volta a amizade e acho que isso é o que vale. 

Seu contrato com Bauru é de quatro temporadas. Dá para deixar o torcedor de Brasília esperançoso com uma volta sua ou é pouco provável? 

É difícil prever o que pode acontecer. Ás vezes, pode acontecer de eu ficar uma temporada e querer sair, por motivos meus ou da equipe. O futuro é indefinido. No momento, o foco é totalmente em Bauru. 

Você e o Nezinho alegaram questões familiares para sairem do UniCeub/Brasília e voltarem para o interior de São Paulo para ficar mais perto de seus parentes. Além disso, você acha que se encerrou um ciclo na equipe?

Passei muito tempo aqui em Brasília. Sou muito caseiro. Gosto muito de ter minha família por perto. Sete anos é muito tempo. É difícil um jogador ficar sete anos em uma equipe. Posso dizer que, por agora, se encerrou um ciclo. Nada que a gente não possa voltar para Brasília, talvez para encerrar a carreira aqui. Para essa fase da minha carreira, já deu e se encerrou um ciclo vitorioso, com momentos bons e ruins, como é o normal do esporte. O importante é que a passagem que eu tive aqui foi vitoriosa. 

Como você acha que vai ser a sua reação na primeira vez em que o Bauru for ao ginásio da Asceb e você enfrentar o UniCeub/Brasília pela primeira vez?

A minha reação vai ser tranquila. Vou estar concentrado naquilo que eu tenho que fazer. Lógico, estarei preparado para a torcida contra. Pelas mensagens que recebi de carinho do torcedor, tenho certeza que eles vão me receber muito bem. Durante a minha passagem por aqui, meu entendimento com a torcida foi muito bom e acho que em relação ao primeiro jogo, tenho uma expectativa na cabeça, mas a realidade só vamos saber no dia do jogo. 

Você quer deixar algum recado para o torcedor de Brasília, que tanto apoiou o time nesses sete anos?

A mensagem é de agradecimento. Foram sete anos de apoio, de cobrança, no momento certo, cobranças sadias. Pelo carinho que tiveram comigo, tanto dentro de quadra, como fora dela também. Pelo reconhecimento do meu trabalho. E pedir que eles continuem, mais a cada ano, desse jeito que eles são, de empurrar o time dentro de quadra, de cobrar o time quando tem que cobrar. Também tenho que agradecer pelo dia a dia com o torcedor, porque tinha gente que vinha aos treinos e a gente podia conversar. Isso também foi muito bom.

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