O Brasil terá uma pedreira logo em seu primeiro desafio na fase final do Grand Prix. Nesta quarta-feira, às 17 horas (de Brasília), brasileiras e chinesas, únicas invictas na etapa classificatória da competição, medirão forças na primeira rodada do final six em Omaha, nos Estados Unidos. Na sequência, as comandadas de Paulo Coco enfrentarão Rússia, Japão, Estados Unidos e Itália.
Na primeira fase do Grand Prix, Brasil e China terminaram em primeiro e segundo lugares, respectivamente, com nove vitórias em nove jogos. Por ter um saldo de sets melhor, a Seleção nacional ficou com a liderança isolada.
“Será um jogo decisivo e muito importante”, disse Paulo Coco, que substitui José Roberto Guimarães, comandante do Brasil nos Jogos Pan-Americanos. “Todas as partidas nesta fase final serão como uma decisão. A China vem crescendo bastante nos últimos anos. É um time jovem, alto e muito bem treinado. Elas têm um poder de ataque e bloqueio bastante alto. A Lang Ping (técnica da China) tem mudado a maneira de jogarem e colocou as chinesas novamente no primeiro patamar do voleibol mundial”, acrescentou o treinador, destacando a importância do saque e do passe no duelo diante das atuais vice-campeãs do mundo.
“Vamos ter que jogar muito bem taticamente, principalmente nosso sistema defensivo. Teremos que trabalhar o saque com eficiência para minimizar as opções de ataques delas. Outro fator importante será jogar com o passe na mão para as nossas bolas de velocidade serem utilizadas”, explicou Coco.
Uma das principais pontuadores do time verde e amarelo na competição, a ponteira Gabi reforçou o discurso de Paulo Coco e ainda chamou a atenção para a chinesa Zhu, de 20 anos e 1,95m.
“Provavelmente esse será um dos jogos mais difíceis dessa fase final. A China fez um jogo muito bom contra os Estados Unidos e acabou saindo com a vitória na semana passada. A Zhu é uma jogadora da minha geração e tem sido destaque no time delas. Ela é uma das grandes ponteiras da atualidade. É um time que tem muitas variações de jogadas e, por isso, nosso saque será fundamental”, disse a jogadora do Rexona-Ades.
Quem também fez uma análise do time asiático foi Dani Lins. Para a levantadora, o segredo é dificultar a recepção da ágil equipe chinesa. “Assistimos ao vídeo da China e elas mudaram um pouco a forma de jogar. Elas estão jogando com mais velocidade do que no ano passado. Temos treinado em cima disso e sabemos que o nosso saque será fundamental para tirarmos o passe da mão da levantadora delas. O grupo está bem e motivado e temos tudo para fazer uma boa fase final”.