A Seleção Brasileira masculina de basquete está no chamado grupo da morte no Campeonato Mundial da modalidade, disputado na Espanha. Mas o técnico Rubén Magnano acredita que isso pode favorecer o time nacional, que assim foge de cruzamentos difíceis nas oitavas de final.
O Brasil integra o Grupo A do Mundial, ao lado de Espanha, França, Sérvia, Irã e Egito. Os quatro melhores avançam às oitavas de final em que enfrentam os classificados do B, composto por Argentina, Grécia, Porto Rico, Croácia, Senegal e Filipinas, em sistema de cruzamento olímpico.
“Se você me perguntar o que eu quero, falo que é ficar em primeiro para pegar o quarto, não há dúvida, mas isso também não é decisivo” afirmou Magnano. “Se temos um grupo muito difícil, depois o cruzamento é com rivais com que podemos competir tranquilamente: Croácia, Grécia, Argentina…”, citou o treinador argentino.
A estreia da Seleção Brasileira no Mundial da Espanha será em 30 de agosto contra a França, que não contará com sua principal estrela. O armador Tony Parker, campeão da última temporada da NBA ao lado do pivô brasileiro Tiago Splitter no San Antonio Spurs, não deve disputar o torneio.
Antes do sorteio dos grupos, o Brasil planejava encerrar seu período de preparação para o Mundial disputando um torneio amistoso justamente na França, enfrentando os donos da casa e outras equipes. Como os dois times se encontrarão no Mundial, Magnano cancelou a participação e colocou o Brasil para jogar um quadrangular na Eslovênia contra os anfitriões, a Lituânia e o Irã.
Também há na programação nacional partidas preparatórias contra Argentina, México, Angola, Estados Unidos e a República Dominicana. O Brasil inicia seus treinamentos em 21 de julho, um dia depois dos atletas se apresentarem à comissão técnica em São Paulo.
“Não queria enfrentar ninguém do nosso grupo do Mundial, mas achei melhor jogar contra o Irã do que pegar a França”, explicou o treinador, que assumiu a Seleção Brasileira antes do Mundial de 2010, na Turquia. Naquele torneio, o time foi eliminado pela Argentina, nas oitavas de final.
O país de nascimento de Rubén Magnano, também algoz nacional nos Jogos Olímpicos de Londres-2012, pode ser mais uma vez adversário do Brasil, já que é a principal força do Grupo B. As duas equipes se enfrentarão em torneios amistosos no Rio de Janeiro e em Buenos Aires nas primeiras semanas de preparação.