Normalmente contida, a imprensa norte-americana reagiu com “surpresa” à eliminação de Chicago já na primeira rodada da votação para a sede dos Jogos Olímpicos de 2016. Duas das principais publicações do país, o New York Times e o USA Today lembraram que nem a presença de Barack Obama em Copenhague nesta sexta-feira foi capaz de reverter o cenário em favor dos norte-americanos.
Ao realizar uma visita relâmpago de cinco horas para falar aos membros do COI (Comitê Olímpico Internacional), Obama se tornou o primeiro presidente da história dos Estados Unidos a acompanhar de perto uma eleição para definir quem organizará uma edição das Olimpíadas.
Entretanto, “nem o primeiro-casal pode deixar os EUA longe de caírem na corrida para as Olimpíadas”, conforme ressaltou o USA Today, em referência à viagem também da esposa do mandatário, Michelle. Com a derrota, a publicação aproveitou para reforçar as críticas a Obama, que “decidiu dar uma pausa em suas tarefas para fazer campanha pela cidade de sua mulher”, e ressaltou que o diretor do comitê da candidatura, Larry Probst, preferiu não comentar a classificação de Rio de Janeiro e Madri à decisão.
Já o New York Times, principal jornal do planeta, classificou a queda precoce da candidatura de Chicago como “chocante”. Segundo o diário, a “surpresa” veio muito em função justamente do discurso realizado pelo presidente nesta sexta. Também críticos, os redatores aproveitaram para ressaltar que toda a campanha de Chicago levou a nação a gastar quase U$ 50 milhões (R$ 89 mi) para buscar, em vão, abrigar os Jogos pela primeira vez em 20 anos.
