Um dia depois de reconhecer estar em atraso, o Governo de Brasília entrou em contato com o Comitê Rio-2016, responsável por organizar os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, e solicitou informações sobre o procedimento para se manter como sede de 10 partidas de futebol durante o evento. A resposta, porém, é alarmante para a capital do País: “A situação de Brasília é bem complicada”, expõe o órgão.
De acordo com a Rio-2016, Brasília nem sequer havia entrado em contato com o comitê para demonstrar interesse em receber os Jogos. “Até hoje (ontem) não havia se manifestado. Brasília ainda é mais complicado porque o estádio não é usado regularmente. A cidade precisa dizer quem vai arcar com a iluminação, quais os campos de treinamento estarão disponíveis, quem será a equipe de trabalho… Nada disso foi feito”, enumera a assessoria do Comitê Rio-2016.
A inércia do Governo de Brasília em relação aos Jogos estava provocando inquietação no Comitê Olímpico Internacional. Após o contato ficou definido que a capital do País tem até meados de novembro para apresentar as garantias de que tem condições de cumprir com o caderno de encargos e a matriz de responsabilidades.
Sono profundo
O período curto para se adequar às exigências ocorre porque Brasília não se manifestou anteriormente. Em 16 de março, a Fifa – entidade responsável pelas partidas de futebol dos Jogos Olímpicos – definiu Maracanã e Estádio Olímpico (RJ); Arena Itaquera (SP); Arena Fonte Nova (BA); Arena Amazônia (AM); Estádio Mané Garrincha (DF); e Mineirão (MG) como as sedes do futebol.
Em abril, o Comitê Rio-2016 entrou em contato com as escolhidas e informou o procedimento para a cidade ser confirmada. Além do Rio, apenas São Paulo, Manaus e Belo Horizonte cumpriram os prazos e já obtiveram a resposta positiva. Salvador fez isso recentemente e também deve ser ratificada. “Brasília não entrou nem nessa fase”, informa o comitê.