O último dia de disputas do Campeonato Mundial de Ginástica Artística, realizado em Aarhus, na Dinamarca, viu a equipe brasileira mais uma vez próxima da conquista de medalha. Mas o quarto lugar de Daiane dos Santos no solo deixou o país na nona posição geral, apenas com a prata obtida por Diego Hypolito, também no solo.
Ainda assim, o fato de os ginastas terem ficado próximos de posições melhores deixou a coordenadora do grupo brasileiro, Eliane Martins, satisfeita. Para ela, o resultado final, com participações em várias finais e com a classificação das equipes para o Pré-olímpico do ano que vem, mostraram a evolução da ginástica no país.
“No geral, foi muito bom. Participamos em mais finais do que nas outras vezes, trouxemos a prata com o Diego, tivemos os quartos lugares da Laís (Souza, no salto) e da Daiane e so sétimo por equipes”, relatou Martins, referindo-se ao feminino. “Foi além do que esperávamos e mostra que não dependemos mais de um só atleta”.
Campeã mundial no aparelho em 2003, em Anaheim, Daiane entrou neste sábado disposta a provar que a oitava colocação na primeira fase poderia ser superada. E foi o que ela fez, ao melhorar em 0,375 sua nota e ficar com 15,425. Só não foi ao pódio porque a italiana Vanessa Ferrari tirou nota 0,025 melhor, com 15,450.
“Foi por muito pouco. A diferença foi de um árbitro que teve um conceito diferente. Mas ela aumentou bastante sua nota de partida, melhorou em 0,3 mesmo em uma série mais difícil e foi um passinho a mais que fez com que ela não ganhasse”, lamentou a coordenadora da equipe. “Mas todos ficamos felizes. Foi uma apresentação muito boa”.
Na sexta-feira, Diego Hypolito também perdeu o ouro por 0,1 e colocou em dúvida os critérios dos juízes. “Todos vieram me cumprimentar e disseram que eu tinha sido o melhor”, disse o ginasta. Neste sábado, porém, Eliane Martins preferiu não entrar na polêmica. “A chinesa (Fei Cheng) foi quase perfeita e a norte-americana (Jana Bieger) também. Não tem muito o que dizer".
Na final do solo deste sábado, Laís Souza ficou com o oitavo lugar e fechou sua melhor participação em Mundiais. Promessa da ginástica brasileira, foi a quinta na fase de classificação do individual geral e só não lutou pela medalha por ter sofrido contusão no pé após queda na final por equipes. Ainda assim, foi quarta colocada no salto.
O Brasil também teve destaque na final por equipes. O grupo formado ainda por Daniele Hypolito, Bruna Costa, Camila Comin e Juliana Santos terminou com a inédita sétima colocação, melhorando uma em relação ao Mundial de Melbourne, no ano passado.