A afirmação de que os membros da equipe brasileira de salto para os Jogos Pan-americanos Rio 2007 precisam de experiência na Europa pode ter incomodado alguns no Brasil, mas para o diretor do departamento na Confederação Brasileira de Hipismo, Caio Sérgio de Carvalho, é apenas a constatação de um fato. “É importante fazer o preparo no centro de equitação que é a Europa. Não basta ter o mesmo material, tem que ter competitividade. E o que precisa é competir com os melhores do mundo”.
A opinião é a mesma que foi expressa pelo cavaleiro Rodrigo Pessoa, campeão olímpico (Atenas/2004) e tricampeão da Copa do Mundo, em setembro. Na ocasião, Rodrigo afirmou que, para garantir um bom resultado no Pan de 2007, a equipe brasileira precisaria incluir um período de preparação na Europa para os conjuntos que não competem regularmente lá.
Na última quarta-feira, a CBH oficializou a convocação dos conjuntos Marcos Ribeiro Jr./Galant de la Land, Rodrigo Sarmento/Sultan, campeões da última seletiva, e Denis Gouveia/VDL Nantes, por critério subjetivo, na short list dos candidatos a uma vaga na equipe nacional. Os demais integrantes da relação serão determinados por critério subjetivo e sairão da lista base dos Jogos Eqüestres Mundiais, disputados este ano em Aachen.
Ainda há mais uma vaga para competidores que sonham com o Pan-americano. A CBH estabeleceu critérios técnicos para a definição de um conjunto que estará no quinteto pan-americano a partir de seu desempenho em sete percursos pré-estabelecidos no Torneio Best Jump, em Porto Alegre, e no Campeonato Brasileiro de Sênior Top, ambos em maio de 2007.
O conjunto selecionado será o campeão desse ranking, desde que não tenha perdido mais de 20 pontos. Se houver empate, o vencedor será o melhor classificado na terceira prova do Brasileiro.
De acordo com Carvalho, dois conjuntos baseados no Brasil farão parte da equipe pan-americana, que começa sua preparação em janeiro, incluindo treinos no Brasil e na Europa. “A Confederação vai ajudá-los a partir do momento que o grupo for sendo reduzido”, diz o dirigente. “Rodrigo (Pessoa), e Bernardo (Alves, que está competindo na Europa) têm de estar na base do grupo com mais três vagas para os demais candidatos”.
No Rio de Janeiro, a Confederação espera uma boa participação do time da casa. “O Brasil tem chance muito grande de ouro tanto individual quanto por equipe”, aposta Carvalho. “Antigamente, a gente só pensava em dois cavaleiros, no máximo. Hoje, não. Nosso problema é selecionar os cavalos que estão com bom nível”.