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Dilemas de atleta: amor ao esporte, ou o estudo

Arquivo Geral

30/03/2014 9h26

Todo atleta, em algum momento da carreira, vive o dilema entre se dedicar aos estudos ou focar no esporte. Com inúmeros compromissos dos dois lados, torna-se difícil aliar os objetivos de vida.   

Alguns deles, normalmente mais experientes, lamentam não terem investido nos livros e aproveitado melhor a juventude. É o caso d o pivô Fernando Bala, do UniCeub/Brasília. Aos 32 anos, Bala recorda os  tempos de escola e garante que tudo seria diferente se tivesse pensado melhor.

“Por conta do esporte, demorei a concluir os estudos no ensino médio. Só agora comecei a minha faculdade e até sou representante de turma”, brinca o grandalhão de 2,05 metros.

De acordo com ele,  o basquete era a única coisa que o motivava na juventude. Nem a baixa remuneração o impedia de estar sempre próximo da bola laranja. “Se tivesse me valorizado um pouco mais  com certeza  teria um patrimônio maior do que o atual”, expõe.

FALTA TEMPO

Piloto brasiliense da Fórmula-3 e em seu quarto ano na categoria, Yann Cunha, mesmo no auge dos seus 23 anos, garante que vida de piloto também não é fácil. 

Residente em Barcelona, na Espanha, ele afirma estar concentrado no seu maior objetivo: chegar à Fórmula-1. Para que  o sonho se realize, ele admite que  não há como se dedicar aos livros.

“Terminei o ensino médio e só não continuei porque as corridas ocupam todo meu tempo. Quem corre profissonalmente não tem como estudar. Quem já está no meio, precisa viver as corridas da hora em que acorda até a hora em que vai dormir ”, assegura o piloto da AV Formula destaque nos testes da Indy Lights.

Quando o estudo favorece

Em meio aos grandes nomes brasileiros do mundo esportivo, há os atletas que fogem à regra e conseguem atrelar suas vidas aos estudos. O caminho  é um pouco mais estreito e muitos deles agarram a chance de morar no exterior para garantir a graduação.

Ala do Pinheiros – equipe de basquete que disputa o NBB -, o jovem Jonathan Tavernari não adquiriu só um “canudo”, mas dois. Formado em administração esportiva e contabilidade pela Brigham Young University, nos Estados Unidos, o atleta conseguiu uma vaga também  na equipe de basquete de sua universidade. 

Além disso, o paulista de 26 anos viajou para a França e, em três anos por lá, vestiu a camisa de três clubes distintos. “O incentivo vem de casa mesmo. Meus pais têm mais de uma formação e  quis seguir o mesmo caminho”, acrescenta.

Com uma proposta irrecusável para retornar Brasil e atuar pelo Pinheiros, ele garante que a experiência conquistada fora acrescentou muito no seu basquete em quadra. “São três escolas diferentes (brasileira, francesa e americana). Se a gente tomar muito cuidado em não pegar os maus hábitos, dá para montar um estilo de jogo muito bom”, esclarece.

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