O duelo Brasil x Argentina existe em qualquer modalidade. Com os envolvidos ultrapassando os 250 km/h, a briga passa a ser ainda mais interessante. Foi exatamente o que ocorreu ontem, na etapa de Brasília da Moto 1000 GP.
O brasileiro Alex Barros e o argentino Diego Pierluigi protagonizaram um duelo intenso e brigaram pela vitória na categoria GP 1000 volta à volta, com o hermano levando a melhor, já que Alex caiu a duas voltas do fim da prova.
Após a prova, o vencedor da etapa ressaltou o que ocorreu durante a corrida.
“O Alex estava fazendo o último setor do circuito muito melhor que eu, enquanto eu estava melhor no primeiro. Eu sabia que a corrida seria decidida na última volta. Claro que a queda prejudicou o Alex”, disse Pierluigi.
Nos boxes, colocando gelo nos locais onde sentia mais dores e ainda mancando um pouco, Alex Barros elogiou o duelo.
“Foi bom, o problema foi que a pista ficou muito ruim com a chuva. Acho que deveriam ter parado a corrida a três voltas do fim. Cair com 43 anos não é nada legal”, brincou.
Respeito
O tempo representando o Brasil na MotoGP fez com que Alex ganhasse o respeito de outros pilotos, como Pierluigi.
“Fico feliz de ter vencido em uma prova contra o Alex. Ele é um grande piloto e foi o ídolo de todos nós sul-americanos”, elogiou.
Categoria GPR250 é cancelada
A chuva que caiu em Brasília na reta final da corrida da categoria GP 1000 que levou ao chão não só o experiente Alex Barros, mas também outros três pilotos não prejudicou apenas a categoria principal da Moto 1000 GP.
Isso porque a categoria GPR250, considerada uma categoria-escola da competição e teria a largada iniciada pouco depois do fim da prova da GP 1000, teve de ser cancelada devido às condições que a pista do Autódromo Internacional Nelson Piquet apresentou, com alguns pontos de alagamento no traçado.
As explicações
Ex-piloto e organizador da Moto 1000 GP, Gilson Scudeler explicou, por meio da assessoria do evento o motivo do cancelamento apenas da GPR250.
“Ao contrário das demais categorias de 600 e 1000 cilindradas que tem pneus específicos para chuva, os da GPR 250 não. Por questão se segurança, cancelamos a corrida”, informou.
“O júri da prova vai analisar a questão e comunicar aos pilotos. A solução deve ser uma prova extra, fazendo uma rodada dupla da GPR 250 numa das próximas etapas”, concluiu Scudeler.