Segundo Hypolito, dois motivos o deixaram satisfeito. O primeiro foi o fato de ter feito apresentação quase perfeita, melhor ainda que na fase de classificação. “Fiz minha melhor série nos últimos meses, foi o máximo que consegui e fiquei perto do ouro. Mas saio feliz porque não cometi erros, fui impecável”, disse ele à Gazeta Esportiva.Net, em conversa logo após a premiação.
O outro motivo foi a reação de técnicos e adversários, que discordaram da marcação dos juízes e apontaram o brasileiro como o dono da melhor série. “Alguns deles vieram falar comigo e disseram que eu merecia ter ficado com o ouro”, disse. “Mas ele (Dragulescu) saiu de nota de partida mais alta (16,900 contra 16,700 do brasileiro)”.
Um dos melhores ginastas brasileiros de todos os tempos, Hypolito perdeu a chance do bi, mas fez questão de frisar a importância da prata desta sexta. “O problema é que para o leigo pode parecer frustrante, mas para mim é muito importante. Mostra mais uma vez que estou no topo e que o Brasil tem evoluído muito”, afirmou.
Após dar ao Brasil a primeira medalha no Mundial da Dinamarca, Hypolito nem pensa em comemorar. Ele ainda tem pela frente, neste sábado, a final do salto e, mesmo ciente das dificuldades, não pensa em desanimar. “É mais difícil. Salto é sempre uma surpresa, mas depende muito do momento. Quem sabe não tenho outro bom resultado”, apostou.
Nas eliminatórias no salto, no último domingo, Hypolito terminou com a sexta melhor nota (16,150), mas por 0,1 poderia ficar em terceiro. Ele tem como maiores adversários o bielo-russo Dimitri Kaspiarovich (16,475) e o polonês Leszek Blanik (16,350). “De 400 ginastas do mundo todo estou entre os oito melhores. Isso só comprova a evolução”.
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