Hypolito tentava o segundo título seguido, já que havia feito história no ano passado ao conquistar o primeiro lugar no Mundial de Melbourne, na Austrália. Ele perde também disputa particular com Dragulescu, agora com dois títulos (venceu em Drebecen, em 2002). O romeno havia sido o melhor na fase de classificação.
Apesar de ter caído um posto em relação a 2005, o desempenho do ginasta brasileiro fica longe de ser ruim. Pelo contrário, ele confirma a boa forma e se mantém entre os maiores atletas brasileiros de todos os tempos no esporte, com um ouro e uma prata. Daiane dos Santos, neste sábado, também no solo, tem chance de superá-lo.
"A apresentação do Diego foi quase perfeita, muito boa mesmo. O Dragulescu fez até mais erros que ele, mas como partiu com nota mais alta, acabou se dando melhor", disse a coordenadora da seleção brasileira, Eliane Martins. Na final, o brasileiro poderia tirar nota máxima de 16,700, contra 16,900 do romeno.
Dragulescu e Hypolito ficaram bem à frente dos demais concorrentes nesta sexta-feira. O terceiro colocado, por exemplo, foi o canadense Kyle Shewfelt, com 15,700. Outro favorito, o búlgaro Jordan Jovtchev, bicampeão mundial em 2001 e 2003, foi apenas o quinto colocado.
Em outra final disputada nesta sexta, o Brasil ficou perto de levar sua segunda medalha para casa. Na disputa do salto feminino, Laís de Souza foi a quarta melhor e perdeu o bronze por pouco mais de 0,1. Ela teve nota total em seus dois saltos de 14,987, contra 15,100 da alemã Oksana Chusovitina.
"A Laís, por uma diferença muito pequena, não ficou em terceiro. Ela fez dois saltos muito bons. Mas o resultado final foi excelente. Foi a primeira vez que nos classificamos para a final no salto e já ficamos em quarto. Estamos muito felizes com o desempenho", completou Martins, pouco antes da premiação aos atletas, em Aarhus.
Laís estava ameaçada de não participar após queda sofrida na trave em sua apresentação na final por equipes, na última quarta-feira. Na ocasião, reclamou de dores no pé esquerdo, mas com um trabalho intenso de fisioterapia se mostrou pronta. Ela volta neste sábado para tentar medalha no solo, em que compete com Daiane.
A China mostrou mais uma vez sua força e conquistou o ouro com Fei Cheng, com a impressionante marca de 15,712. Ela foi a única a conseguir nota superior a 16,000 pontos em um salto. A medalha de prata ficou com a norte-americana Alicia Sacramone, com 15,325 pontos.
