O arremesso de peso é uma das modalidades que integram o atletismo, mas que ainda não contam com grande popularidade entre torcedores brasileiros. Em 2016, entretanto, o cenário pode mudar radicalmente. Um jovem, que vem acumulando boas marcas em competições expressivas, tem grandes chances de ser o responsável pela guinada no País.
Às vésperas de completar 24 anos, Darlan Romani vem confirmando que pode chegar aos Jogos do Rio 2016 como candidato real a uma medalha olímpica. O atleta já é o sexto colocado do ranking mundial no arremesso de peso e, neste fim de semana, em São Paulo, bateu novamente o recorde brasileiro da prova, com 20,90 metros, melhorando em seis centímetros a marca obtida em outubro do ano passado.
Apenas nas últimas quatro semanas, Darlan arremessou três vezes acima de 20,15m, mantendo uma constância importante para provas de campo no atletismo. Em 2013, o último classificado para as finais do Mundial de Moscou lançou 19,76m. Com 20,90m, um atleta teria sido sétimo na decisão.
Darlan comemora a boa fase, mas ainda não faz planos para os Jogos Pan-Americanos e para o Mundial de Pequim (China).
“Estou focado, muito concentrado no que estou fazendo. Estou treinando bem e as marcas estão saindo. Meu foco é no Pan e no Mundial. Mas eu não me sinto pressionado pela sexta posição no ranking mundial. Nunca penso em medalhas e em marcas, sempre coloco minha cabeça no melhor que posso fazer no momento. Se eu estou indo atrás vou ter o resultado que mereço”, disse Darlan.
Melhor marca
A prova no Campeonato Paulista Menor tem tudo para ser inesquecível para Darlan. Afinal, foi no evento que o catarinense conseguiu melhorar a melhor marca pessoal dele.
Antes, o melhor arremesso havia alcançado 20,84m, recorde superado por seis centímetros.
Evolução
A evolução do catarinense, aliás, é de se chamar a atenção. Em 2010, o melhor resultado de Romani havia sido um arremesso de 17,19m, em Uberlândia. Cinco anos depois e as marcas ganharam mais de dois metros.
Saiba mais
A carreira de Darlan Romani teve de passar por muitas mudanças para que ele pudesse chegar ao ponto de carregar a pecha de ser uma das expectativas de medalha do Brasil nas Olimpíadas do ano que vem.
Nascido em Concórdia (SC), Romani passou a treinar em Uberlândia (MG) ainda como atleta do sub-23, em um centro de excelência na cidade.
Se mudar de estado não foi o único câmbio necessário para alavancar a carreira de Romani.
Desde que chegou no Triângulo Mineiro, o catarinense passou a ser treinado pelo cubano Justo Navarro, que o treina até os dias atuais.
Além disso, ele ainda teve de lidar com diversas lesões, que chegaram a ameaçar a carreira do atleta.