Marcus Pereira
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Longe da realidade do basquete profissional, a Liga Internacional de Basquete de Rua (Liibra) carrega muito mais do que simplesmente dinheiro. Em parceria com Central Única das Favelas do Distrito Federal (Cufa-DF), ocorreu em Taguatinga a Pré-seletiva para o Campeonato Nacional de Basquete de Rua. O torneio contou com 15 equipes disputando 11 vagas para a final, que acontece em abril, em Ceilândia.
“A Cufa tornou o basquete de rua sua metodologia de trabalho social. Aqui carregamos todo resgate histórico da cultura hip-hop, mostrando que é possível termos um evento saudável e sem violência” explica Max Maciel, coordenador da Cufa.
Após o final da partida entre Grup´art e Abassc, Dione Black, que havia dado um verdadeiro show em quadra, abraçava seus companheiros e adversários, sempre sorrindo e distribuindo carisma. Mesmo perdendo a partida, o jogador era a prova viva do que se trata o basquete de rua.
Dione, começou a jogar basquete por necessidade. “Em 2006, estava desempregado. Surgiu uma oportunidade de ser professor de basquete em um projeto, mas eu não sabia jogar. Fiz de tudo para garantir o emprego, e foi assim que tudo começou. Eu dava aulas três dias na semana e nos outros quatro, treinava para poder ensinar” Contou. “A paixão pelo hip-hop me fez curtir isso daqui”, desabafa o também cantor de rap de Ceilândia.
Atualmente, Dione é presidente do projeto Vila dos Sonhos, que trabalha com crianças na Ceilândia ensinando a cultura hip-hop.