Logo após a finalização, a Volta pela primeira vez em sua centenária história acabou com um antidoping positivo de seu vencedor: o norte-americano Floyd Landis, que testou para testosterona. O processo ainda corre nos Estados Unidos, apesar dos argumentos apresentados ao público pelo advogado de Landis.
À questão básica, quem ganhou a Volta, ninguém consegue responder hoje. A regra dá o título a Oscar Pereiro (segundo em Paris), mas o espanhol deve se pronunciar sobre o caso apenas em alguns meses, quando sair a sentença definitiva.
O caso Landis, que culminou com a extinção da equipe Phonak, expôs a crise do ciclismo. A Operação Porto, que começou em maio, na Espanha, traumatizou a fundo o esporte. Sobretudo na Alemanha, onde o também ciclista Jan Ullrich havia dado os primeiros passos para uma revolução. Iniciamente poupado, Ullrich também acabou despedido de seu time, a T-Mobile. “Na França, não se calcula bem o alcance desta decisão”, disse Christian Prud’homme, diretor da Volta da França.
Desafiada pelo problema, a Alemanha reagiu. O presidente da federação local e ex-ministro dos esportes, Rudolf Sharping, e dos principais patrocinadores do ciclismo, como a Gerolsteines e a T-Mobile, não cansam de afinar o discurso de prevenção ao doping.
Além disso, outros movimentos começam a aparecer. Entre eles, o da Associação de Grupos Esportivos (AIGP), que estuda a ampliação de seu código de ética. É com base no texto da entidade que se anunciaram as punições e expulsões no início do Tour.
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