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CPI investiga discriminação durante o Parapan

Arquivo Geral

30/10/2007 0h00

Os vereadores do Rio de Janeiro (RJ) realizaram nesta segunda-feira a primeira audiência da CPI que investigará se os atletas dos Jogos Parapan-americanos foram tratados com desleixo e discriminação.

Um dos fatos que motiva a apuração é morte do mesa-tenista argentino Carlos Maslup, vítima de acidente vascular cerebral, no dia 22 de agosto. O paratleta morreu no hospital municipal Salgado Filho, após ser medicado na Vila Panamericana e no hospital municipal Miguel Couto.

A questão a ser discutida é o porquê de os paratletas serem atendidos em hospitais públicos enquanto os atletas comuns que disputaram os Jogos Pan-americanos tinham convênio médico.

“Queremos encontrar uma resposta para o tratamento diferenciado entre os atletas do Pan e do Parapan. Hoje, o Co-Rio (comitê organizador do Parapan e do Pan) jogou a responsabilidade na prefeitura. Agora, queremos esclarecer todos os fatos com o governo”, disse o vereador Márcio Pacheco (PSC), idealizador da CPI.

“Vamos mergulhar neste tema. Se for comprovado que Maslup morreu por fruto de discriminação, encaminharemos o caso ao Ministério Público para culpar os responsáveis”, completou Pacheco. Os integrantes da comissão de investigação se reunirão nos próximos dias para decidir se haverá ou não a necessidade de convocar um representante da Prefeitura do Rio de Janeiro.

Mas não será só a discriminação que será investigada pelas autoridades. Uma outra comissão, instalada pela Câmara dos Vereadores, analisará as irregularidades financeiras dos Jogos Pan-americanos, cujo gasto final foi quase 800% a mais do que o previsto em 2002.

Segundo o que havia calculado a União, o estado e o município do Rio de Janeiro, o gasto total do evento seria de R$ 409 milhões (em valores atualizados pela inflação). No entanto, a conta chegou a R$3,7 milhões e a cota da prefeitura carioca subiu de R$ 239 milhões para R$ 1,2 bilhão.

De acordo com o vereador Márcio Pacheco, a construção do Estádio Olímpico João Havelange será um dos principais alvos da investigação. Isto porque o estádio estourou diversas vezes o orçamento. Para se ter uma idéia, em 2003, o Diário Oficial do Rio de Janeiro publicou que o “Engenhão” custaria R$ 60 milhões (R$ 75 milhões em valores atuais), mas o custo final acabou sendo de R$ 380 milhões.

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