Após o Daily Mail divulgar, na última quinta-feira, documentos que comprovariam que Mo Farah faltou aos testes de controle anti-doping entre 2010 e 2011, antes dos bons resultados nos Jogos Olímpicos de Londres, o atleta britânico se manifestou, nesta sexta, negando ter usado qualquer substância para alterar seu rendimento durante a carreira.
Recordista europeu nos 1.500m rasos e dono de dois ouros olímpicos no atletismo, nos 5.000m e nos 10.000m, Mo Farah publicou uma nota na rede para se defender das acusações. “Ao longo de minha carreira fiz diversos exames de controle de dopagem e cada um deles deu negativo. Nunca tomei remédios para melhorar meu rendimento e nunca o farei”, garantiu o corredor britânico.
A polêmica, repercutida tanto no Daily Mail quanto nas redes da BBC, especula a relação com o treinador Alberto Salazar como um indício de que dopagens poderiam ter acontecido, já que muitos atletas por ele treinados já tiveram problemas com substâncias ilegais. Acusado de ter faltado a dois testes de controle de dopagem antes de 2012, Mo Farah se mostrou incomodado com os boatos.
“As últimas semanas têm sido as mais duras da minha vida, com rumores e especulações sobre mim que são completamente falsas, e o impacto que isso teve na minha família me deixou muito frustrado. A pressão da imprensa sobre minha família, e sobretudo sobre minha mulher, que está grávida de cinco meses, é extremamente dolorosa”, disse o atleta, que na maior parte do tempo está ausente de casa, em meio às preparações para competir.
Em parceria com Salazar desde 2011, Mo Farah tem garantias que todas as especulações envolvendo o nome do treinador são falsas. Segundo a Ukad, órgão que controla os testes na Inglaterra, o não comparecimento a três testes em um período de 18 meses pode resultar em uma sanção de quatro anos sem participar de competições oficiais do atletismo.
