Atual campeão pan-americano masculino e feminino, o handebol do Brasil precisa mostrar mais resultados. Com apoio do Ministério do Esporte e COB, a Confederação Brasileira de Handebol (CBHb) apresentou nesta terça-feira um novo patrocinador (Banco BVA). Num evento em São Paulo, o presidente da entidade garantiu que o esporte vive o melhor ano preparatório para um o Pan, Mundial e Olimpíada, mas que deve haver, sim, cobranças. Resultados a curto prazo, para Guadalajara, em outubro, Mundial Feminino, em dezembro no Brasil, e Londres 2012.
Com as presenças dos técnicos Morten Soubak (Seleção Feminina, dinamarquês) e Javier Garcia Cuesta (Seleção Masculina, espanhol) e de atletas das seleções, o presidente Manoel Luiz Oliveira falou sobre a importância do novo investidor, da construção de um Centro Nacional de Treinamentos em São Bernardo (previsto para 2012, com investimento de R$ 12 milhões) e de uma Seleção B, masculina e feminina, já para 2013, com atletas jovens, visando à renovação e de olho no desempenho nos Jogos de 2016 no Rio.
“Nós conseguimos um fato inédito em 2011: que os clubes liberassem os atletas para a Seleção Permanente, com treinos durante o ano todo, com amistosos e torneios no Brasil e exterior. Fizemos de tudo para elaborar e executar a preparação do projeto para conquistarmos o ouro no Pan em Guadalajara e irmos bem no primeiro Mundial a ser realizado nas Américas. É um ano especial e de cobranças”, afirmou.
Objetivos
Para chegar aos Jogos Olímpicos de Londres no ano que vem, as duas equipes precisam repetir em Guadalajara o feito do Rio: conquistar dois ouros. “Se isso não acontecer, o caminho fica longo, com um torneio com equipes fortes europeias, que pode ter Dinamarca, Croácia, Alemanha, Hungria e Noruega. O caminho mais curto é conquistar o Pan”, disse o técnico da Seleção masculina, Javier Garcia.
A pressão sobre o ouro pan-americano em outubro pode ser comprovada pela Argentina, que no Rio em 2007 não trouxe seus melhores atletas, ficou com a prata e não conseguiu depois a vaga em Pequim. “Hoje, por exemplo, estamos abaixo da Argentina. Isso foi comprovado no Mundial (na Suécia, em janeiro, o Brasil amargou a 21ª colocação, enquanto os rivais foram 12º). No Pan, em outubro, eles vão com seus melhores jogadores, que atuam na Europa. Mas estamos trabalhando duro para cumprir esta meta de classificar para Londres, senão depois será complicado”, completou o jogador Tupan.
A Seleção feminina foi reforçada com um convênio com o Hippo, melhor clube da Áustria, que hoje tem oito brasileiras. O Brasil receberá o Mundial entre os dias 3 e 13 de dezembro em São Paulo, com partidas também em Santos, Barueri e São Bernardo. “Por sermos a modalidade com mais praticantes em escolas, com muitas crianças jogando handebol, temos de corresponder em grandes eventos. Acredito nas comissões técnicas das seleções e em nossos atletas. O projeto nosso é representar bem o Brasil em casa em 2016”, finalizou o presidente da entidade.