Os responsáveis pelo comitê de candidatura de Madri a organizar os Jogos de 2016 fizeram hoje uma apresentação da proposta na capital espanhola e mostraram bastante otimismo diante de uma provável escolha pelo Comitê Olímpico Internacional (COI).
O prefeito de Madri, Alberto Ruiz-Gallardón, a presidente do comitê de candidatura, Mercedes Coghen, e o secretário de Estado para o Esporte, Jaime Lissavetzky, entre outros, não pouparam palavras para falar sobre o projeto a exatamente um ano para o anúncio do COI em Copenhague, capital dinamarquesa.
O Rio de Janeiro é uma das rivais de Madri na escolha, assim como Chicago e Tóquio. Parte da imprensa aponta americanos e brasileiros lutando pela competição, mas os dirigentes espanhóis parecem ignorar o fato.
Para eles, a principal concorrência é a boa impressão deixada pelos Jogos de Pequim, em agosto deste ano.
Coghen admitiu que todos ficaram encantados com a organização na China, mas prometeu Jogos “com personalidade própria”. Por sua vez, o prefeito foi mais longe na comparação.
“O Ninho do Pássaro é fabuloso, mas o Estádio Olímpico em Madri não ficará atrás em nada quando ficar pronto”, comentou o prefeito, que promete uma Vila Olímpica melhor que a de Pequim.
Ruiz-Gallardón e Coghen minimizaram o informal critério de rodízio de continentes usado na escolha – e defenderam a idéia de uma “rotação cultural” que, após Londres, seria favorável a Madri.
“Pequim organizou os melhores Jogos asiáticos, Londres fará os melhores Jogos anglo-saxões e Madri fará os melhores Jogos latinos”, assegurou o prefeito.
Por sua vez, o Governo brasileiro reiterou que está junto com o Rio na luta pelos Jogos de 2016. Ontem, o presidente Lula recebeu alguns atletas olímpicos em Brasília e voltou a fazer um apelo aos dirigentes do COI:
“O Brasil merece organizar os Jogos Olímpicos. Primeiro teremos que ir a Londres, melhorar nossa participação e depois, se Deus quiser, fazer o melhor no Rio de Janeiro”, afirmou o governante.