O esgrimista Renzo Agresta precisou recorrer aos amigos para disputar o Mundial de Kazan, nesta terça-feira. Sua mala não chegou à cidade russa e ele precisou pegar uniforme emprestado e utilizar um sabre comprado pela Federação Internacional de Esgrima, diferente do que utiliza. Mesmo assim, passou pela fase classificatória e se garantiu entre os 64 primeiros.
Renzo estava treinando na cidade italiana de Fórmia ao lado da seleção do país e chegou a Kazan no último dia 10. Sua mala com roupas e armas, no entanto, foi perdida durante a viagem.
“Sempre tem uma diferença. Fiz toda a temporada, a preparação toda para o Mundial com um equipamento e aqui não pude contar com ele. Fora o desgaste mental, a ansiedade de esperar pela bagagem”, comentou Renzo Agresta. “Um agradecimento especial aos meus companheiros de equipe e àqueles, além dos treinadores, que me ajudaram a reunir o material para jogar hoje. De qualquer modo, o Mundial está só começando e o melhor está por vir”, afirmou.
O esgrimista brasileiro, que tem como meta encerrar o Mundial entre os 16 primeiros colocados, volta a competir no torneio individual só na sexta-feira. Nesta terça-feira, ele se classificou derrotando no último combate do dia o bielo-russo Aliaksei Likhacheuski por 15 a 14. A partir de domingo, disputa também a competição por equipes
“Para mim, o principal desafio mental do ano foi conseguir essa classificação, uma vitória que vai ficar marcada. Foi um jogo marcado por altos e baixos, em que usei o coração para superar um dia tecnicamente difícil. Não poder competir com o meu material me deixou muito irritado nos últimos dias e também me compliquei um pouco na fase das poules, num grupo teoricamente fácil. Ainda bem que tudo deu certo”, explicou.