Roberto Wagner
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A temporada 2016 da Fórmula 1 começa na madrugada de hoje – o treino classificatório ocorre às 3h – e para a dupla de brasileiros será de afirmação…ou adeus. Os Felipes Massa e Nasr cumprem o último ano de contrato com Williams e Sauber, respectivamente, e têm como missão convencer os chefes de que são competitivos.
No ano em que completa 35 anos – em abril –, o experiente piloto Felipe Massa terá, a exemplo do que aconteceu na temporada passada, a sombra do jovem e talentoso Valteri Bottas.
Com um carro bom para brigar por pódio (em algumas raras situações por vitória), pode-se dizer que o maior desafio do brasileiro será superar o próprio companheiro de equipe. Conseguindo andar de igual para igual com Bottas, Massa tem caminho livre para se destacar e, quem sabe, ser premiado com uma renovação de contrato para 2017.
Os testes de pré-temporada realizados em Barcelona, na Espanha, mostraram que o veterano tem totais condições de andar nas seis primeiras posições neste início de temporada.
O novo carro da Williams, o FW38, exibiu ter mais precisão aerodinâmica – o calcanhar de aquiles em 2015 –, o que animou Felipe Massa, bem como seu companheiro de equipe, Valteri Bottas. “Fizemos algumas boas voltas em Barcelona, algumas simulações de corrida consistentes também e estamos trabalhando muito duro para chegar perto de Mercedes e Ferrari. Queremos vencer, queremos mais, e queremos colocar esse carro no topo”, projetou Massa.
Ao menos na pré-temporada, Massa saiu à frente de Bottas. O piloto do carro 19 conseguiu sua volta mais rápida no sétimo dia de testes: 1m23s193, o que representou a sexta melhor volta no total – essa realizada com pneus macios. Já Bottas, anotou no quinto dia o tempo de 1m23s229, a sétima melhor marca, e com pneus ultramacios.
Sofrimento
A outra torcida dos brasileiros que sonham em ver os pilotos nacionais de volta ao topo da categoria é pelo brasiliense Felipe Nasr.
Aos 23 anos, o piloto da Sauber também só tem contrato garantido até o fim desta temporada e precisará repetir as boas exibições de 2015.
O carro da Sauber novamente não permite ter confiança e nem grandes aspirações no campeonato, mas é com ele que Nasr terá de garantir seu futuro na categoria. De preferência, que ele consiga atrair os olhares de equipes mais para o meio do grid, como Toro Rosso e Force India.
Os testes de pré-temporada mostratam uma evolução do modelo C35, mas o próprio Nasr reconhece ser uma incógnita em relação aos demais.
“Me sinto bem preparado para começar minha segunda temporada. E estou curioso para ver como o carro vai se comportar em comparação aos outros. Trabalhamos bastante na fábrica”, afirmou o brasiliense.
Nasr foi o 13º colocado no Mundial de Pilotos de 2015. Com seus 27 pontos, superou com tranquilidade o companheiro de equipe, o sueco Marcus Ericsson, que somou apenas nove, e estará ao seu lado de novo.
Saiba mais
O brasiliense Felipe Nasr estreará na temporada 2016 da Fórmula 1, neste fim de semana, com boas lembranças do GP da Austrália do ano passado.
Foi logo em Melbourne que ele obteve seu melhor resultado em uma corrida da Fórmula 1, justamente em sua primeira prova na categoria.
Além disso, aquele quinto lugar foi ainda a melhor posição na estreia de um piloto brasileiro na história da F-1. “O GP da Austrália me faz lembrar daquele resultado fantástico do ano passado. Terminar em quinto lugar logo na minha primeira corrida na Fórmula 1 é algo que eu nunca vou esquecer. É bom voltar a Albert Park com estas memórias”, diz o piloto da Sauber, destacando o circuito que abre a temporada 2016.