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COI cita Copa de 2014 e hotéis como empecilhos para Olimpíada no Rio

Arquivo Geral

02/09/2009 0h00

A Comissão de Avaliação do Comitê Olímpico Internacional (COI) apontou hoje a Copa do Mundo de 2014 e a falta de leitos nos hotéis como os principais obstáculos ao plano da cidade do Rio de Janeiro de sediar os Jogos Olímpicos de 2016.

Em um relatório, o COI disse que a candidatura do Rio tem se destacado por apresentações de “excelente qualidade”. Porém, ressaltou que, para o Brasil, seria um desafio organizar ao mesmo tempo a Copa do Mundo de 2014 e a Olimpíada de 2016.

Outro ponto criticado na candidatura carioca foi o déficit na capacidade hoteleira. Segundo o relatório, alternativas como o alojamento em transatlânticos ancorados no porto não são suficientes.

O documento também faz alusão a problemas de segurança, mas considera que “embora seja preciso reconhecer que há grandes desafios” sobre o tema, a cidade já conquistou alguns “resultados positivos”.

Além disso, há preocupação com os deslocamentos das delegações, que poderiam ser longos devido à tipografia da cidade. Dessa forma, segundo os dirigentes do Comitê Olímpico, o bom funcionamento do sistema de transportes seria “crítico” para o sucesso dos Jogos.

Entre os pontos favoráveis no relatório, estão o orçamento, considerado “razoável”, e a idéia de transformar os Jogos em “um meio de dotar a cidade com novas instalações e transporte”.

O plano de separar os estádios de atletismo (João Havelange) daqueles em que ocorreriam as cerimônias de abertura e encerramento (Maracanã) também foi elogiado pelo COI.

A julgar pelas avaliações apresentadas hoje, Tóquio, no Japão, é a cidade com mais chances de sediar os Jogos Olímpicos de 2016, embora precise detalhar melhor seu plano de instalações.

“Algumas apresentações e os projetos careceram de detalhes e de clareza, mas a documentação apresentada foi de alta qualidade”, indicou o COI sobre sua visita a capital japonesa.

O documento ressalta que Tóquio oferece garantias econômicas tanto para organizar os Jogos como para cobrir um possível déficit.

No entanto, os dirigentes do Comitê estranharam a falta de apoio da população, apesar do legado significativo que o evento deixaria na cidade.

Outros motivos de preocupação para a capital japonesa seriam o tráfego em torno ao Estádio Olímpico e o tamanho do terreno necessário para a vila onde ficariam hospedados os atletas, assim como o preço dos hotéis.

Sobre Madri (Espanha), o COI disse que os promotores da candidatura precisam “delinear claramente os papéis e responsabilidades” no organograma administrativo proposto.

Os projetos de construção do canal de remo e canoagem e de reforma do Estádio Olímpico foram citados pelo COI como “muito ambiciosos” e acarretariam “desafios significativos” tanto operacionais como financeiros.

Já Chicago (EUA), a quarta e última cidade candidata à sede da Olimpíada de 2016, foi criticada por não explicar como faria frente a um eventual déficit econômico.

A Comissão de Avaliação do COI questiona o fato de que, apesar de o plano da cidade ser divulgado pelos organizadores da candidatura como “compacto”, há instalações a quase 300 quilômetros de distância de outros locais de competição.

O relatório ressalta também que no momento da inspeção não estava garantido o financiamento da Vila Olímpica nem a de um hipotético déficit organizativo, “como pede o COI”.

O documento divulgado hoje pelo Comitê Olímpico Internacional não tem caráter classificatório. Seu conteúdo servirá apenas de orientação para os eleitores que, em 2 de outubro, escolherão em Copenhague (Dinamarca) a sede dos Jogos de 2016.

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