O italiano Ivan Basso voltou a ser investigado pelo Comitê Olímpico Italiano em função do envolvimento com a Operação Porto e foi proibido pela sua equipe, a Discovery Team, de competir enquanto não for decretada sua inocência. Nesta terça-feira, a entidade que controla o esporte italiano intimou o ciclista a comparecer ao tribunal esportivo em 2 de maio e responder pela acusação de ser dono de bolsas de sangue apreendidas na investigação espanhola.
Ciente da decisão do Comitê, a equipe Discovery decidiu afastar o italiano. Basso havia assinado um contrato de dois anos em novembro depois de ser dispensado por sua ex-equipe, a CSC. “Nós continuamos apoiando ele e vamos cooperar com ambas as partes até tudo terminar”, declarou o diretor esportivo da Discovery, Johan Bruyneel. “Tudo isso é muito ruim, mas conversei com Ivan e, apesar de sua frustração, ele entendeu nossa situação.”
Basso, de 29 anos, foi um dos 50 ciclistas investigados pela Operação Porto, que culminou com a sua exclusão da Volta da França, em julho de 2006. O nome do italiano estava ligado com o de um médico espanhol, responsável pelo controle de clínicas clandestinas especializadas em transfusões de sangues, em Madri.
O campeão da Volta da Itália foi absolvido pelo comitê de seu país
Neste mês, o alemão Jan Ullrich, campeão da Volta em 1997, testou positivo nos exames de DNA realizados com o material apreendido pela mesma megaoperação contra o doping. Mesmo assim, o ciclista aposentado nega qualquer envolvimento com o esquema.
Desta forma, Basso está fora da Volta da Itália que começa no próximo dia 12 de maio e termina em 3 de junho.