O italiano Marco Simoncelli vem sendo bastante repreendido pelo estilo agressivo de pilotagem na atual temporada da MotoGP. Depois de se envolver em entreveros com os espanhóis Jorge Lorenzo e Dani Pedrosa, este último seriamente lesionado na clavícula, ele foi defendido pelo chefe da sua equipe, a San Carlo Gresini.
O italiano ultrapassou ilegalmente Pedrosa e provocou a sua queda, onde o piloto da Honda fraturou a clavícula direita pouco depois de retornar de uma mesma lesão no ombro esquerdo. Para Fausto Gresini, a punição de drive-through pela ultrapassagem foi correta, e o seu piloto exagerou no lance. No entanto, as críticas exageradas que ele recebeu não se justificam.
“Farei um preâmbulo para deixar as cosias certas: estou absolutamente triste por Pedrosa, outro piloto da Honda, que briga pelo título e se machucou. Com certeza Marco (Simoncelli) cometeu um erro. Mas não aceito que esse garoto seja crucificado como se fosse o diabo. Parece que ele matou alguém”, reclamou Gresini.
“Nós vimos uma punição por um soco (de Casey Stoner em Randy de Puniet) custar 5 mil euros, e alguém não ser punido por gerar a queda de outro. E se olharmos com atenção, a manobra de (Jorge) Lorenzo sobre Andrea (Dovizioso) foi ainda mais perigosa que a de Marco”, defendeu.
Fausto Gresini ainda alfinetou o representante de Pedrosa, Alberto Puig, que criticou duramente Simoncelli após o ocorrido. O chefe da San Carlo lembrou de uma colisão em que o espanhol se envolveu com o então companheiro de equipe, Nicky Hayden, tendo jogado o ex-parceiro de time para fora da pista em 2006, no GP de Portugal.
“Eu queria finalizar as polêmicas, mas não posso aceitar alguns pontos de vista, ainda que eu entenda que eles venham de uma pessoa que se machucou. Mas queria lembrar às pessoas de memória curta que o que aconteceu em 2006 foi ainda pior”, contou.
