Menu
Mais Esportes

CBV não esconde preocupação, mas acredita em retorno de patrocínio

Arquivo Geral

12/12/2014 12h34

A crise envolvendo a Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) e a retirada dos recursos financeiros de seu maior patrocinador, o Banco do Brasil, parece estar longe de ser solucionada. Em entrevista ao programa Redação, do canal Sportv, o superintendente da entidade, Neuri Barbieri, não escondeu a preocupação com o futuro do voleibol brasileiro, mas avisou que medidas estão sendo tomadas para retomar a parceria de 23 anos.

Na última quinta-feira, a Controladoria Geral da União (CGU) apresentou um relatório no qual foram confirmadas uma série de denúncias contra a CBV, feitas pelo jornalista Lúcio de Castro. Além de suspender os pagamentos, o Banco do Brasil condiciona a volta do montante do patrocínio ao cumprimento das recomendações feitas pela CGU. O banco estatal informou que só retornará a patrocinar a entidade se a CBV se ajustar às regras do órgão.

No relatório, a CGU detectou erros em 13 contratos, somando R$ 30 milhões em pagamentos feitos entre 2010 e 2013 pela CBV com montante do Banco do Brasil.

Barbieri ressalta que a preocupação do vôlei ficar sem patrocínio vem em momento inoportuno, já que as Olimpíadas do Rio 2016 estão batendo na porta: “O voleibol hoje vive um momento de preocupação. A comunicação oficial do Banco do Brasil em suspender por ora o patrocínio do voleibol brasileiro nos traz muita preocupação porque vem em um momento em que nós estamos nos preparando para termos uma participação nas Olimpíadas das mais importantes e das mais vitoriosas. Não deveríamos ter preocupação neste momento, com recursos e com patrocínio”, analisou o dirigente.

A gestão de Walter Pitombo Laranjeiras foi iniciada logo após as denúncias serem divulgadas pela ESPN Brasil, em março deste ano. Segundo Barbieri, as acusações no relatório da CGU não chegam a surpreender, já que uma auditoria contratada pela nova diretoria já tinha detectado as falhas.

“A conclusão da auditoria da CGU não nos surpreende porque as atitudes dizem que nós já estamos procedendo desde aquela época e coincide com as reclamações que a CGU agora vem divulgar publicamente. Praticamente todos os itens que o Banco do Brasil pede para que a gente observe, já estão implementados e alguns já estão em boa fase de andamento. Nós já implementamos a auditoria interna, já estamos reduzindo o quadro de pessoal, adequando a uma nova realidade, apresentamos a todos os órgãos de imprensa todas as respostas possíveis e todas as solicitações que vocês nos fazem a respeito das nossas finanças, publicamos mensalmente o balancete fiscal”, argumentou Barbieri.

“Por isso eu considero que o BB vai continuar com o patrocínio no voleibol, nós vamos passar por alguns momentos de preocupação principalmente nas Seleções Brasileira de base e as adultas, mas temos a confiança de que o nosso trabalho em cumprir e tornar obrigatório o atendimento das exigências da CGU. Nós não temos dúvidas que vamos continuar com o Banco do Brasil e continuar vitoriosos juntos”, completou o superintendente.

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado