A quatro meses do final da temporada, Carla Tiene, capitã da equipe brasileira na Fed Cup, já faz um balanço positivo. Animada com a performnace de suas pupilas, ela sonha com a possibilidade de ver três compatriotas no torneio classificatório para o Aberto da Austrália-2015, além de Teliana Pereira.
A tenista pernambucana simboliza o ganho de terreno do tênis feminino brasileiro. Em 2013, ela recolocou o Brasil no top 100 do ranking mundial, encerrando um tabu iniciado em 1990, e nesta temporada disputou a chave principal de um Grand Slam, o que uma compatriota não conseguia desde 1993.
“O Brasil ficou muito tempo sem uma referência no top 100. Nossa referência era uma top 300, o que no tênis é uma distância muito grande. As meninas não tinham noção do que era uma jogadora de elite e, com a Teliana, puderam acompanhar isso mais de perto”, disse Tiene à Gazeta Esportiva após vencer a etapa do Rio de Janeiro do Itaú Masters Tour em parceria com Sabrina Giusto.
A boa fase de Teliana culminou com o sucesso da equipe nacional na Fed Cup. Pela primeira vez desde 2004, quando Carla Tiene ainda jogava, o Brasil alcançou os playoffs do Grupo Mundial II – o time perdeu por 4 a 1 para a Suíça dentro de casa, porém adquiriu uma experiência valiosa.
“Ainda faltam alguns meses para o final da temporada, mas já podemos estar felizes com o ano do tênis feminino, porque no geral todas as meninas evoluíram. Nossa equipe na Fed Cup é forte, tem muitas
Teliana Pereira, atual 92º colocada do ranking mundial, é a única representante do Brasil no top 100 da WTA. Nesta temporada, ela integrou a equipe que defendeu o País na Fed Cup ao lado de Gabriela Cé (260ª), Laura Pigossi (267ª) e Paula Gonçalves (284ª).
“A Laura, a Gabi e a Paula não conseguiram entrar no quali do Aberto dos Estados Unidos, mas todas têm muitas chances de participar da seletiva para o Aberto da Austrália, porque não defendem praticamente mais nada no final do ano. Além delas, ainda contamos com a Teliana”, projetou Tiene.
Mesmo em caso de derrota precoce, a chance de disputar o quali de um major não deve ser desperdiçada, aponta Carla Tiene. “Até os torneios de nível challenger, a jogadora praticamente se banca. Ela pode ser considerada realmente uma profissional quando participa de Grand Slams e eventos da WTA”, afirmou.