Foram bons e maus momentos. Nos positivos, o time chegou a liderar o placar diante do forte time do Limeira (SP). Os negativos foram graves, com o clube ficando cinco ataques consecutivos sem anotar um ponto sequer.
Querendo esquecer o traumático jogo 3 da série de quartas de final do Novo Basquete Brasil, o UniCeub/Brasília entra em quadra hoje, às 19h30, no Ginásio da Asceb para a quarta partida diante dos paulistas. Uma nova derrota significa o adeus dos candangos da competição.
Apesar do elenco experiente, o time candango não tem as estatísticas a favor desta vez. Basta voltar um pouco no tempo para ver quando foi o último triunfo do time candango em um jogo 4 de série de playoff: foi nas quartas de final da quarta edição do NBB, em casa, diante do Bauru. Desde então, foram seguidos revezes, diante de Pinheiros e São José, curiosamente dois times de São Paulo, a exemplo do Limeira.
Mesmo com as costas na parede, o discurso entre os jogadores do UniCeub/Brasília é que a equipe tem plenas condições de reverter o momento adverso. Afinal, o time do Distrito Federal foi um dos poucos que conseguiram bater os limeirenses na casa deles durante o campeonato.
“Será um jogo de vida ou morte para o nosso time. Sabemos que, com uma derrota, o campeonato acaba para a gente. Não é isso que queremos. É tudo ou nada. Precisamos entrar mais focado, principalmente na defesa, com mais energia”, explica o ala/pivô Lucas Cipolini. A defesa, citada pelo atleta, certamente diz respeito à dianteira permitida pelo time candango no início do terceiro embate diante do Limeira: foram nove pontos seguidos dos paulistas e uma reação do UniCeub/Brasília demandou muita energia dos jogadores, que não conseguiram manter o ímpeto na reta final do jogo.
Força das arquibancadas
Se o time corria em quadra, do lado de fora, cerca de mil torcedores tentavam, empurrar a trupe. Gritos, músicas e o que mais deu na telha da torcida. Hoje, mais uma vez, é isso que Cipolini espera na Asceb.
“A torcida vai comparecer mais uma vez, como fez no terceiro jogo. Vai nos apoiar e nos empurrar, nos dar uma energia extra. Será um grande espetáculo. Esperamos sair com a vitória para que possamos continuar vivos no campeonato e na luta pelo título”, ressalta.
Nezinho: o cara a ser marcado
Não há dúvidas de que o Limeira é um time que oferece muito risco a quem cruza o seu caminho. Prova disso foi a série de nove jogos sem derrota que a equipe chegou a emplacar durante a fase de classificação.
Além disso, a rotação da trupe paulistana funciona bem, com os jogadores que vêm do banco contribuindo com muitos pontos e rebotes. Mas um nome, em especial, merece atenção permanente da defesa do UniCeub/Brasília: Nezinho.
No jogo 3, o armador começou a partida como quem não queria nada e teria uma noite com atuação discreta. O resultado, ao final da partida foi algo muito longe disso: o ex-jogador do time candango terminou o embate com 21 pontos, dois rebotes e o mesmo número de assistências.
Dominicano abusado
Outro jogador que merece atenção é Ronald Ramon. Por enquanto, o ala/armador tem mantido números discretos durante o jogo, muito por conta de sua intensidade defensiva. No ímpeto de marcar, acaba cometendo faltas que diminuem seu tempo em quadra, algo que já ocorreu nos jogos dois e três.
Mas Ramon não é um jogador diferenciado à toa. É em momentos de pressão que o atleta costuma crescer e, nessas horas, mais do que nunca, a defesa do UniCeub/Brasília precisa estar atenta.
Fato é que a expectativa é de um outro grande espetáculo na Asceb, logo mais à noite.