Quatro categorias, 123 inscritos, 18 buracos e três dias. Esses são os números do 32º Aberto de Golf de Brasília, que acontece nesse fim de semana. Golfistas de todo o Brasil disputam os primeiros lugares desse esporte, que exige precisão e concentração.
O Clube de Golf de Brasília sedia o campeonato. Cada um dos participantes tem que passar pelo circuito uma vez por dia para pontuar. Os atletas são divididos em categorias baseadas no ranking obtido anteriormente.
O primeiro contato com o golf exige atenção extra ao leigo. Colocar a bolinha no buraco é o objetivo, mas isso precisa ser feito com o mínimo possível de tacadas. Cada uma das metas tem seu “par”, que é o número estimado de movimentos. Se o golfista utiliza mais do que o previsto, corre o risco de ficar atrás dos oponentes, que podem até chegar ao objetivo com menos toques.
O campo do clube de golfe possui quatro buracos com par 3, dez buracos com par 4 e quatro buracos com par 5. Ou seja, se quiser fazer um jogo perfeito, é preciso terminar o circuito em 72 tacadas.
De acordo com o diretor de marketing do Clube de Golf de Brasília, Alexandre Miki Uchida, apesar do DF contar com bons jogadores, o alto nível dos competidores dificulta que o vencedor das categorias mais experientes seja da cidade.
“Temos participantes dos grandes centros do golf nacional, que se deslocam para campeonatos em todo o Brasil. Já no ranking mais baixo, temos mais golfistas de Brasília”, explicou.
De ombros com o peconceito
Mesmo conhecido como um esporte para adultos, o golf também atrai as novas gerações. Cada vez mais os mais jovens competem nos torneios pelo Brasil afora.
É o caso de João Vítor Victor Toledo, de 14 anos, que treina quase todos os dias e sonha em ser jogador profissional. Mesmo levando jeito para a coisa, ele ainda tem que escutar provocações dos amigos, que não perdem a oportunidade de pegar no pé do golfista por conta de sua escolha pouco comun.
“Falam que é esporte de velho, mas eu não me importo, porque qualquer modalidade a gente leva para a vida o que você aprende”, justificou.
O ídolo de João Vítor é o americano Bubba Watson, vencedor de dois Masters de golfe e, ainda assim, desconhecido de quem é leigo no esporte.
”Todo mundo me pergunta ‘quem é esse?’. Até eu falar que é um jogador de alto nível, demora um tempão”, brincou.
Apoio de campeã
A secretária de Esporte, Leila Barros, decidiu passar pelo campo para conhecer melhor a modalidade. “Apesar de não estar familiarizada, é um esporte que traz a mesma filosofia de todos os outros e exige superação e muito esforço. Por isso vale a pena estreitar as relações e apoiar no que for possível”, afirmou.