Aos 22 anos e em sua primeira temporada na categoria elite do ciclismo, Joel Candido Prado Junior já conquistou a tradicional Prova 9 de Julho, na quinta-feira. Emocionado com o feito, o atleta adquiriu a confiança que precisava para alavancar a sua trajetória no esporte.
“A 9 de Julho é uma prova muito tradicional, então fica marcado. Meu nome está na história como o do campeão da edição que voltou às ruas de São Paulo. Ninguém tira isso de mim”, bradou Joel, que havia logrado um décimo lugar quando a corrida era realizada no circuito de Interlagos. Como ciclista sub-23, ele se orgulha de seus títulos brasileiros contra o relógio e de estrada.
Preparando-se para os Jogos Mundiais Militares da Coreia do Sul, Joel acredita que adquiriu projeção a partir da 9 de Julho. “É uma conquista que ajudará muito a minha carreira. Ainda sou novo e tenho bastante pela frente. Estou muito feliz”, comentou, satisfeito, enquanto recebia incontáveis cumprimentos.
Os adversários que parabenizaram Joel, no entanto, travaram com ele uma disputa acirrada nos metros finais do evento que homenageia os heróis de 1932. “Tenho visão de corrida, e percebi que haveria grandes chances de tudo ser mesmo decidido no sprint. A prova estava bem veloz, a 50 km/h direto. No final, todo o mundo veio se batendo, mas, graças a Deus, consegui crescer e ganhar”, celebrou.
Para evoluir, Joel treina diariamente em Americana acompanhado pela esposa, a também ciclista Daniela Cristine Lionço, vice-campeã da prova feminina da 9 de Julho. Ambos defendem o time de Osasco.
“A nossa equipe teve alguns problemas, mas está se reestruturando. A gente se armou para atacar no final da prova, mesmo quebrando um pouco, com um ciclista se perdendo. Foi tudo sensacional, perfeito”, empolgou-se. “Da região de Americana, o Bruno Tabanez já havia sido campeão da 9 de Julho, em 2009. Estou junto dele agora”, acrescentou.
Joel iniciou a sua trajetória no mountain bike, há dez anos, quando recebeu o apelido de Maritaca. “Foi o famoso Ludovico Melotti que inventou isso. Pegou. Graças a Deus, sempre fui tranquilo. Nunca sofri bullying ou tive problemas por ser chamado assim”, sorriu o campeão da 9 de Julho, agora um pouco mais renomado.