Ian Ferraz
ian.ferraz@jornaldebrasilia.com.br
“Pelo o que ele fez na última corrida, nem deveria estar participando aqui. Pode oferecer até perigo aos outros, do jeito que deu a loucura nele, se dá aqui de novo, vai saber o que acontece. Ele conseguiu tirar o brilho do campeonato”. A polêmica declaração do líder do campeonato, Felipe Giaffone, reflete o clima de disputa para a última corrida da temporada 2011 da Fórmula Truck, em Brasília, neste domingo, às 13h, no Autódromo Internacional Nelson Piquet.
Para Giaffone (96 pontos), o vice-lider, Geraldo Piquet (89 pontos), não deveria correr em Brasília pelo acidente causado na prova em Curitiba. Na ocasião, Piquet era retardatário e bateu em Giaffone, tirando-o da prova. Piquet justificou o acidente dizendo que não foi intencional, e que Giaffone também o tocou no começo da prova.
Se decisão de campeonato por si só já costuma ser emocionante, adicione à prova o atrito entre os pilotos. Quem certamente irá ganhar com isso são os torcedores, que devem lotar as dependências do autódromo.
Apesar da declaração forte sobre o rival, Giaffone se mostra tranquilo. Adepto do jiu-jítsu há quinze anos, ele garante que a arte marcial o ajuda quando acelera o caminhão da Truck. “É o meu tira estresse, e que me mantém preparado fisicamente. O jiu-jítsu tem algumas coisas que você precisa na corrida como as mãos fortes, ter pegada”, garante.
Se o esporte o ajuda fisicamente, mentalmente é também um auxílio. No discurso sobre o título, Giaffone adota uma postura zen. “Na corrida você tem muito mais decepções do que alegrias. São 25 correndo e apenas um que ganha. Estou calejado”, confessa.
Geraldo Piquet foi econômico em suas palavras e antipático com a imprensa. Mas espera fazer uma boa corrida no autódromo que leva o nome de seu pai. “Não vou entrar nesse mérito agora. Essa parte de Tribunal e de CBA não vou falar agora. Temos tempo para aprimorar o caminhão. Largar bem no grid é importante”, retrucou Piquet.
