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Brasileiros festejam nova regra, mas veem Japão em vantagem

Arquivo Geral

15/09/2010 10h33

A proibição às catadas de perna imposta pela Federação Internacional de Judô (FIJ) desde o final do ano passado beneficiou o Brasil, mas foi ainda melhor para o Japão. Esta é a opinião dos judocas que disputaram o Mundial de Tóquio e retornaram a Guarulhos na manhã de terça-feira.

“As meninas na Europa são muito fortes, principalmente nos golpes de perna. Então, o judô brasileiro e o japonês se deram muito bem, pois são mais técnicos e de mais movimentação. Deu uma melhorada para a gente e ficou menos perigoso”, disse Sarah Menezes, medalha de bronze na categoria ligeiro.

A situação fica clara no quadro de medalhas do Mundial do Japão. Com 10 medalhas de ouro, quatro de prata e nove de bronze, os donos da casa lideraram com larga vantagem em relação aos franceses (2-1-3). Já o Brasil, que passou em branco na edição de 2009 do torneio, ficou em sétimo (0-3-1).

“Os japoneses estão na frente, mas ainda tem dois anos para a Olimpíada e vai equilibrar. Certamente, nós e os europeus também vamos crescer. Sem dúvida, vai ser muito competitivo. É bom elevar o nível e também melhorou para a TV, porque ficou mais plástico”, disse Tiago Camilo, que sofreu uma lesão e terminou no sétimo lugar entre os médios.

Com apenas 19 anos, a meio-pesado Mayra Aguiar não encontrou maiores dificuldades para se adaptar e aprovou a regra. No entanto, assim como Camilo, ela vê os japoneses em franca vantagem. “Tem gente que fica viciado (nas catadas) e não tem como parar, mas eu gostei. O judô japonês é praticamente em pé e para eles foi ótimo”, analisou.

Na medida em que o judô brasileiro tem forte influência do japonês, Leandro Cunha se viu beneficiado. “A gente vêm de um berço muito parecido. Eu já tinha essa característica do judô japonês. Deu para provar que o Brasil tem força para ganhar medalha e eu provei na minha categoria (meio-leve)”, afirmou o judoca, medalha de prata em Tóquio.

 

O novo regulamento também garante a inscrição de até dois lutadores do mesmo país por categoria. A regra permitiu que Leandro Guilheiro vencesse o compatriota Flávio Canto no caminho para a medalha de prata na categoria meio-médio, o que, na opinião de Cunha, aumenta o nível do torneio.

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