Marcus Eduardo Pereira
marcus.eduardo@jornaldebrasilia.com.br
Chutar uma bola de futebol é uma das primeiras coisas que um brasileiro faz assim que consegue andar. Não importa se mais tarde o pequeno será ou não um jogador de futebol. Aos 21 anos, Cairo Santos estuda na Universidade de Tulane, nos Estados Unidos, graças a seus poderosos chutes, que alcançam até 57 jardas (mais de 52 metros). Mas o futebol dele é o americano.
Jogando como kicker – o responsável por chutar os field goals, quando o jogador faz a bola passar entre as traves – ele foi um dos destaques de sua equipe na liga universitária e está no radar das equipes da NFL, a liga profissional dos EUA. Com 21 chutes certos na temporada – sem nenhum erro e com o novo recorde nas estatísticas -, ele recebeu o Prêmio Lou Groza, título dado ao melhor na posição da temporada.
Radicado em Brasília, o jogador contou ao Jornal de Brasília sobre seu sonho de chegar à NFL e seus feitos na carreira até aqui.
Primeiro, gostaria de saber se você é de Brasília mesmo, ou se veio para cá quando criança.
Eu nasci em Limeira (SP) e me mudei para Brasília quando tinha cinco anos. Sempre amei jogar futebol e participava de competições. Eu jogava na escolinha do Fluminense em Brasília.
O que te motivou a sair do Brasil e ir para os Estados Unidos?
Quando eu tinha 15, estava no primeiro ano do Ensino Médio e quis muito fazer intercâmbio nos EUA para ganhar conhecimento da cultura, melhorar o inglês, e experimentar o futebol por lá.
Como você começou a jogar futebol americano ?
Quando eu cheguei à escola, fiz muitos amigos que jogavam pelo time de lá. Eles estavam precisando de um kicker e me perguntaram se eu tinha interesse em jogar futebol americano.
E o que você achou da ideia de experimentar um futebol diferente daquele que estamos acostumados a jogar?
No começo, eu fiquei em dúvida, pois não queria correr o risco de me machucar e deixar de jogar o soccer (futebol) pela escola. Optei por ir a um treino de futebol americano e fiz um teste para ver se eu conseguia chutar a bola oval.
O que te motivou a continuar a jogar depois do teste que você fez?
Desde que eu comecei, conseguia acertar chutes de 50 jardas, que equivalem à metade de um campo de futebol americano. Quando as pessoas viram que eu conseguia, começaram a dizer que eu poderia ganhar uma bolsa de estudos em uma faculdade por aqui.
E foi o que aconteceu? Como você foi parar na Universidade de Tulane?
Eu joguei o futebol americano na escola por três temporadas. Quando estava na metade do meu último ano de high school (Ensino Médio), veio a oferta da Tulane. Eu adorei a escola e decidi vir pra cá.
Leia mais na edição impressa desta segunda-feira (24) do Jornal de Brasília.