O terceiro dia de disputas da natação dos Jogos Sul-americanos Medellín 2010 confirmou a hegemonia da delegação brasileira na piscina do Parque Aquático do Complexo Esportivo Atanásio Girardot. Como já vem virando rotina, o país dominou oito das 10 provas da noite e continua seu reinado na competição. Entre os destaques da noite, Fabiola Molina, Joanna Maranhão e Tiago Pereira. Com onze pódios no total (sete de ouro e quatro de prata), o Brasil subiu para 39 medalhas no evento, que termina nesta segunda-feira.
A segunda prova da programação, os 50m costas, tinha na raia 4 Fabíola Molina, 35 anos, que significa hegemonia continental. Há anos, a nadadora brasileira domina o estilo e em Medellín não foi diferente: medalha de ouro e recorde do campeonato. A naturalidade com que pulveriza marcas não é a mesma para a nova experiência que está passando em sua carreira.
“Minha vida nos últimos tempos está sendo uma loucura. Uma semana antes de vir à Medellín estava em um acampamento em Resende fazendo treinamento para o exército. Agora sou sargento. Além disso, estou me mudando para Brasília. Não tive o treinamento adequado. Por isso estou satisfeita com meu desempenho. Esperava um tempo mais alto. O importante é alcançar mais um resultado para o Brasil. Todo campeonato tem sua história e estamos sempre nos desafiando”, declarou. Fabiola ficou com o tempo de 28s50, seguida de Jeserik Pinto, da Venezuela, com 29s26, e Carolina Henao, da Colômbia, com 29s75.
Outro que demonstrava contentamento era Tiago Pereira. Após dois resultados abaixo do esperado, o quarto colocado nos Jogos Olímpicos de Pequim se recuperou nos 200m medley.Tiago sobrou e obteve a nova marca da competição, 2min03s16. O segundo colocado, Leopoldo Andara chegou cinco segundos atrás do brasileiro. O bronze ficou com Diego Orozco, da Colômbia. “Foi muito bom. Pensei em puxar o ritmo só até os 150m e depois deixar levar, mas vi que estava me sentindo bem e continuei no mesmo ritmo. É inesperado, pois estou em fase de treinamento e um pouco pesado. Ainda mais por causa da altitude, que sempre dificulta. Agora é descansar bem, pois amanhã vou ter um dia pesado com os 200m peito, os 400m medley e o revezamento 4x100m livre”, comentou.
Quem continua mantendo o ritmo forte é Joanna Maranhão. A pernambucana conquistou sua sexta medalha na competição (5 de ouro e 1 de bronze) e já empata com Julio Almeida, do Tiro Esportivo, até o momento, maior medalhista do Time Brasil nos Jogos Sul-americanos, com seis medalhas de ouro. O último triunfo de Joanna foi nos 200m borboleta, com 2min13s22, nova marca da competição. A capixaba Daiene Dias terminou na 7ª colocação, com 2min26s22. “Esta competição está sendo ótima para eu me avaliar. Meu técnico me colocou para nadar várias provas e o saldo está sendo super positivo. Ele me conhece bem e sabe o que eu preciso para melhorar. Estou motivada para o restante da temporada. Espero manter-me no mesmo patamar e continuar buscando os resultados”, comentou. A prata dos 200m borboleta ficou com Andreina Pinto, da Venezuela, com 2min15s22, e o bronze com Georgina Bardach, da Argentina.