Com três medalhas de ouro e uma de bronze, a seleção brasileira lidera o quadro de medalhas no penúltimo dia de disputas do Campeonato Mundial de judô no Rio de Janeiro. Neste sábado, o gaúcho João Derly conquistou o inédito bicampeonato na categoria meio-leve. As outras medalhas de ouro vieram com o meio-pesado Luciano Correa e com o meio-médio Tiago Camilo. O bronze foi obtido pelo pesado João Gabriel Schlitter.
Esta é a melhor campanha da história do Brasil na competição. Em segundo lugar na tabela está a França com dois ouros e duas pratas, seguida por Cuba com dois ouros, uma prata e um bronze.
A grande decepção do torneio é o tradicional Japão. Apesar de ter trazido grandes nomes do judô internacional em sua equipe, o país conseguiu apenas uma prata e quatro bronzes até agora.
Além das medalhas, o Brasil já garantiu cinco vagas olímpicas, com os medalhistas e com a meio-leve Érika Miranda, que terminou em quinto lugar na classificação. O Mundial classifica os cinco primeiros colocados para Pequim, mas as vagas são do país e não do atleta.
No caso brasileiro, Derly tem sua presença assegurada na China porque o critério da comissão técnica estabelecia que o título pan-americano e uma final no Rio garantiam a titularidade. Apesar de Tiago atender às mesmas exigências, na sua categoria estava pré-estabelecido que ocorreria uma nova seletiva porque Flávio Canto não pôde disputar a vaga para o Mundial por causa de uma lesão no cotovelo.
A competição mundial termina neste domingo com as disputas nas categorias ligeiro e absoluto. No feminino, Daniela Polzin estréia contra a grega Karagiannopoulou, enquanto Breno Alves encara o chileno Alejandro Zuniga na ligeiro. Alves chegou ao Mundial na marca do pênalti. Segundo reserva da equipe, herdou a vaga depois que o titular Alexandre Lee se apresentou acima do peso máximo estabelecido e que o primeiro reserva Denilson Lourenço sofreu uma lesão.
Na absoluto, o Brasil contará com a pesado Priscila Marques e o pesado Daniel Hernandes. Priscila foi eliminada logo na estréia no primeiro dia de competições. Já Hernandes, ex-titular da seleção, perdeu a vaga para Schlitter no processo seletivo.
